The Wall Street Journal (07/10/06) informa outra origem do aumento dos custos médicos nos Estados Unidos, principalmente da assistência farmacêutica, a mais cara do mundo. Há vários anos a Hearst Corporation publica uma revista de circulação restrita - First DataBank - indicando o que seria o preço médio praticado nas farmácias do país. No entanto, em 2002, a publicação aumento expressivamente o preço dos remédios, chocando até fabricantes como a Glaxo-Smith Kline que não entendeu o aumento de produtos da empresa cujo preço de venda no atacado continuava o mesmo. Em Boston, um juiz deu ganho de causa de várias instituições que financiam a compra de remédios, com os sindicatos e, obrigou a publicação a rever o preço praticado. A revista não soube explicar de forma convincente a medida adota que beneficiou as grandes redes distribuidoras de remédios e, causou prejuízo aos planos de saúde. A questão básica foi o preço referência publicado e, não aquele originário do fabricante. Acima, o lucro de alguns medicamentos, após a mudança do preço no First DataBank.
sábado, 7 de outubro de 2006
Farmacêuticas aumentam gastos com publicidade nos Estados Unidos.
A Associated Press divulgou que as indústrias farmacêuticas americanas aumentaram em 9% os gastos em publicidade na primeira metade de 2006 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Isso significa US $ 2,48 bilhões em seis meses. Os gastos são para publicidade em revistas e financiamento de campanha para alerta de doenças. As revistas ficaram com 34% da receita publicitária das farmacêuticas e a televisão 59%. Jornais somente 2,9%.
Comentário: uma explicação para o aumento dos preços dos medicamentos foi a liberação da propaganda direta nos Estados Unidos. Com isso houve desvio de recursos do setor produtivo, para o comercial. Depois, as indústrias não sabem porque não tem um portfolio atrativo e renovado.
Ranking das farmacêuticas no Brasil e a licença de genéricos.
Valor Econômico (06/10/06) noticia o ranking de vendas das farmacêuticas no Brasil: Sanofi-Aventis; EMS-Sigma-Pharma; Aché; Medley; Novartis; Pfizer; Eurofarma; Schering-Plough; Boehringer; Schering do Brasil. O destaque foi o aumento das vendas da Medley graças ao acordo com a Abbott que permitiu a comercialização da sibutramina - para emagrecimento - antes da expiração da patente da empresa americana. Apesar de não estar na agenda imediata de nenhuma empresa nacional, a congregação e fusão de todas elas e, posteriormente com outras da Argentina será um imperativo no agitado mundo das farmacêuticas.
Fraudes de usuários em convênios médicos
Gazeta Mercantil (05/10/06) publica artigo de Carlos Fagundes, diretor da empresa Polimed apresentando um problema muito conhecido, mas pouco discutido: a falsidade ideológica em convênios médicos, onde o segurado permite que outra pessoa - parente ou amigo - passe por ele para se beneficiar de consulta, exame ou mesmo cirurgia. Muito discutido, muito falado, mas para variar, nunca explicitamente denunciado. A fraude eleva os custos, afinal está incluindo com grande chance alguém doente. A discussão aberta do problema já é um bom início. A solução do articulista é a identificação biométrica com impressão digital, método já utilizado em academias esportivas.
sexta-feira, 6 de outubro de 2006
Vacina para HPV: preço corrigido.
O Estado de S. Paulo (06/10/06) informa que ao contrário dos R$120,00 por dose anteriormente anunciado pelo fabricante, a vacina para o papilomavírus custará entre R$500-700. Ou seja, o esquema completo custará quase R$2.000,00. Coerente com o preço no mercado americano de US$350. Já discutimos o tema anteriormente citando Julian Tudor Hart e a inverse care law. Na comunidade européia, a tendência é vacinar todas as meninas entre 10-12 anos, proposta também do Estado de Michigan. Urge analisar e debater a propriedade da medida no Brasil, principalmente onde e para quem e, principalmente esperar o concorrente do produto da Merck Sharp Dohme, que será lançado pela Glaxo Smith Kline.
quarta-feira, 4 de outubro de 2006
Importação de remédios do Canadá nos Estados Unidos.
The Wall Street Journal (04/10/06) noticia que a alfândega americana irá suspender a prática de reter remédios importados do Canadá pelo correio. O motivo a pressão do Congresso oriundo de milhões de idosos que se utilizam desse recurso para comprar medicamentos mais barato. O Canadá tem um sistema de compra e de controle de preço, ao contrário dos Estados Unidos, onde não há qualquer controle. Nas regiões próximas ao Canadá, como a Nova Inglaterra e Michigan é comum, idosos realizarem viagens a passeio para compra de medicamentos no país vizinho. Um equivalente do nosso sacoleiro no Paraguai, porém quase sempre compras de uso pessoal, sem revenda que nos Estados Unidos é punida severamente. Esse é um exemplo de como a questão do financiamento da saúde é complexa e, com inúmeros pontos de estrangulamento mesmo em sistema organizados como o Canadá ou muito ricos como os Estados Unidos. O Canadá tem problemas de acesso devido à universalização, porém tem uma assistência farmacêutica muito mais efetiva do que a americana.
terça-feira, 3 de outubro de 2006
Parceria Universidade Empresa: Aché e Unicamp
O laboratório Aché investiu R$ 2 milhões na UNICAMP para pesquisa com substância que poderá ser utilizada no tratamento do diabetes. Essa notícia veiculada na Folha de S. Paulo é rara. O relacionamento do setor industrial com a universidade é raro, principalmente na área da saúde e biotecnologia. Se a substância transformar-se em um medicamento, a Aché repassará de 2,5 a 4% para a UNICAMP.
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