quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Os riscos da tomografia computadorizada
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Maurício Lima Barreto, Editor do JECH
terça-feira, 27 de novembro de 2007
IDH: o problema é a estatística alheia
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Os bastidores de um ótimo artigo científico: a segurança das estatinas e o mercado americano OTC
Homicídios: Nova Iorque, Rio de Janeiro e São Paulo
E no Brasil, como estamos? Mal. É verdade que a epidemia de crack também se abateu sobre as cidades do Sudeste, a região mais rica do país, em diferentes momentos e ritmos. No Rio de Janeiro, em 1998 morreram assassinadas 2.406 pessoas, das quais 94% eram homens. Destes, 29% eram brancos, 13% negros e 42% pardos. Em 2005, nos últimos dados disponíveis no Ministério da Saúde, foram 2.044 homicídios, dos quais 95% de homens, 30% brancos, 17% negros e 52% pardos. Uma suada diminuição de 15%. Na taxa de homicídio entre homens de 15 a 39 anos, a queda naquela cidade foi de 20%. No mesmo período, essa taxa de homicídio em São Paulo diminuiu 55%. Em Belo Horizonte, ao contrário, a taxa subiu 230%. Em parte porque as epidemias da cocaína e do crack não foram simultâneas; em parte pelas diferentes estratégias adotadas pelas polícias em cada estado. De todo modo, a queda registrada ainda é muito pouca diante dos extraordinários números de assassinatos nas três cidades mais ricas do país.
Um momento! se, em Nova Iorque a queda foi de 81% de 1990 até 18/11/2007, não é justo afirmar que a queda do Rio de Janeiro de 15% é "suada" entre 1998 e 2005. Simplesmente, não dá para comparar. O mesmo vale para o que ocorre em São Paulo. A queda de 55% em sete anos é muito expressiva, talvez superior ao observado em Nova Iorque.