O número de mortes decorrentes da aids foi de 11.100 casos em todo o país em 2005. Um valor relativamente estável desde 1998. Em 1996 morreram 15.017 e, em 1997, 12.078. Considerando o aumento da população, as taxas mostrarão um declínio discreto (não apresentadas aqui). Esses dados são fortes o suficiente para deixar para trás qualquer resmungo contra política oficial para a aids, principalmente na assistência farmacêutica. Uma investigação necessária é verificar óbitos em portadores do HIV por outras causas, não associadas diretamente à imunedeficiência.
sábado, 7 de julho de 2007
Mortalidade 2005 (4) : Aumento real do número de suicídios?
Os 8.550 suicídios de 2005 mostram aumento de 7% em relação a 2004 quando ocorreram 8.055 casos. No Estado de São Paulo, o aumento foi na mesma proporção. Uma possibilidade é a melhoria da qualidade dos dados e a diminuição da subnotificação, fato habitual nos casos de suicídio. A subnotificação ocorre nos países ocidentais onde o suicídio é moralmente condenado na tradição judaico-cristã e, também pela burla dos seguros de vida. Mais, um tema interessante para investigação.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
A disputa pela Casa Branca passa pela Saúde
Esse blogue tem destacado que a proposta de assistência médica nos EUA será o ponto principal, depois do Iraque. Hoje, o The New York Times publica matéria de primeira página destacando a importância do tema para Democratas e Republicanos.
2008 Candidates Vow to Overhaul U.S. Health Care By ROBIN TONER. Published: July 6, 2007
WASHINGTON, July 5 — There is no better measure of the power of the health care issue than this: Sixteen months before Election Day, presidential candidates in both parties are promising to overhaul the system and cover more — if not all — of the 44.8 million people without insurance.Their approaches are very different, reflecting longstanding divisions between the parties on the role of government versus the private market in addressing the affordability and availability of health insurance. Republicans, by and large, promise to expand coverage by using a variety of tax incentives to empower consumers to buy it themselves, from private insurers. Conservatives warn, repeatedly, of Democrats edging toward the slippery slope of “government-controlled health insurance,” as former Mayor Rudolph W. Giuliani of New York puts it, and promote the innovation and choice offered by private insurers.
The major Democratic candidates propose strengthening the private-employer-based system, through which most working families get their coverage. But many Democrats also see a strong role for government, including, in some plans, new requirements that individuals obtain insurance and that employers provide it, along with substantial new government spending to subsidize coverage for people who cannot afford it. Still, while they argue over solutions, both parties acknowledge the problems and their political urgency. Republicans, whose primaries usually turn on other issues, often wait until the general election to roll out detailed health plans; this time they are plunging into the debate far earlier. Democrats are competing furiously among themselves over who has the bigger, better plan to control costs and to approach universal coverage, a striking change from the party’s wariness on the issue a decade ago after the collapse of the Clintons’ health care initiative. And both parties are closely watching the action in the states as potential blueprints for a centrist compromise, especially in Massachusetts, which just began a major plan intended to require that every individual have insurance. In short, says Jonathan Gruber, an economist, health expert and Clinton administration veteran, the times are “radically different.”
quinta-feira, 5 de julho de 2007
O acordo Abbott e Ministério da Saúde: Kaletra.
Pode ser notícia antiga, que perdi em viagem recente. Mas, houve acordo entre o Ministério da Saúde e a Abbott sobre a compra do Kaletra. Abaixo, o comentário do blogueiro do The Wall Street Journal. Ele destaca a questão própria de países como o Brasil - middle income - e, o temor da empresa de ação semelhante à ocorrida com efavirenz. Para os incrédulos, um texto provocativo.
Abbott & Brazil Agree on Price of AIDS Drug Posted by Jacob Goldstein
Brazil and Abbott Labs — two key players in the recent debate over the price of AIDS drugs in the developing world — have agreed on a price for Abbott’s drug Kaletra. The new price, about $1,000 per year per patient, will save the Brazilian government some $10 million per year. For Abbott, the deal removes the threat of Brazil issuing what’s known as a compulsory license, a move that would allow the country to begin using a generic version of the drug. Earlier this year, Brazil took that step for the first time, issuing a license for Merck’s AIDS drug efavirenz. Middle-income countries such as Brazil — richer than sub-Saharan African nations but poorer than the developed world — have become a flashpoint for debates over drug pricing. The countries argue that their citizens will die without access to cheaper drugs, while the drug industry argues that it needs to make a profit in the developing world in order to fund research and development. Also this year, Thailand, another middle-income country, issued a compulsory license for Kaletra. Abbott responded by refusing to sell several new drugs in that country, though the company later took a more conciliatory approach. After that dustup, Abbott announced an agreement with the World Health Organization to sell Kaletra in the developing world for $1,000 per patient per year, which the company said is cheaper than the price of generics.
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Mortalidade 2005 (3): Taxas de homicídio em SamPa, Rio e BH de 2001 a 2005.
O quadro mostra a evolução das taxas de homicídios nos cinco primeiros anos da década nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
São Paulo começa com os valores mais elevados, mas ano a ano vai apresentando redução impressionante, tanto que hoje a região encontra-se na 18a posição nesse ranking infeliz. Belo Horizonte - em contraste - teve aumento expressivo, passando para a 4a posição, próximo aos valores do Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro também vem apresentando taxas declinantes, mas com desacelaração inferior à observada em São Paulo. Mais uma vez, os dados atrapalham as análises com o viés ideológico, político e partidário. Atenção, acadêmicos, vamos estudar a fundo esses dados. Afinal, não servimos somente para escrever artigos indignados na grande imprensa, mas para interpretar o mundo!
Mortalidade 2005 (2): as maiores taxas de homicídio nas regiões metropolitanas
Os dados de mortalidade de 2005 do Ministério da Saúde permitiram calcular a taxa de homicídios nas regiões metropolitanas do país naquele ano. Utilizei somente a população masculina. Em resumo, dividi o número de óbitos pela população total de cada área. Sempre utilizando os dados disponíveis em http://www.datasus.gov.br
Recife continua na liderança desse ranking infeliz, mas está administrando bem a situação vide o post anterior Pacto pela Vida em Pernambuco. No mesmo estado, a região de Petrolina/Juazeiro ocupa a sexta posição. Depois de Recife, temos Vitória, Maceió, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, a já citada Petrolina, Curitiba, Salvador, Belém e João Pessoa. Muita gente não gosta desses dados, mas foram disponibilizados pelo Ministério a partir da informação dos próprios estados. Um momento a refletir, no próximo post mais comentários sobre mortes por homicídios.
terça-feira, 3 de julho de 2007
Mortalidade 2005 no Brasil (1): avaliação inicial
O Ministério da Saúde publicou no site http://www.datasus.gov.br/ os dados de mortalidade de 2005 quando morreram 1.006.827 pessoas. A comparação do número absoluto de óbitos sem correção para a população, sexo e faixa etária desse ano com os anteriores revelam que houve 18 mil menos mortes. Importante ressaltar a melhoria da qualidade com redução em 22% das mortes por sinais e sintomas mal definidos (incluindo óbitos sem assistência médica). As doenças cardiovasculares são a principal causa e, ainda a doença cerebrovascular supera a doença coronariana em todo o país, como principal causa. O câncer continua sendo a segunda causa de morte, depois do conjunto das doenças cardiovasculares, seguida das causas externas. Os números de óbitos por doença cardiovascular e aids estão estáveis, aumentaram os óbitos por câncer e por diabetes e caíram discretamente os homicídios.
O caso Vioxx: agora quebra da ética da divulgação científica
O caso Vioxx está agora em novo patamar de confusão. O advogado entrega para o The Wall Street Journal, o resultado de um artigo que teria sido aprovado pelo The New England Journal of Medicine. Esse artigo mostraria risco aumentado, mas em tempo menor de uso e, que cessada o uso do medicamento, o risco deixa de existir. Se for verdade, a revista deverá recusar publicar porque houve quebra do princípio básico editorial: não dar publicidade a artigo em julgamento ou em fase de publicação, a não ser pela própria revista. Não basta a interferência dos "causídicos" nas ações médicas propriamente ditas, agora teremos advogados quebrando a ética da divulgação científica.
Não sei se notaram, mas o texto do The Wall Street Journal não melhora em nada a avaliação de risco do Vioxx, mas pode ser utilizado para livrar a empresa de vários processos por ser evidência contra a argumentação do querelantes, a de que o uso crônico induziu a infartos do miocárdio.
WSJ: risco cardiovascular do Vioxx é mais precoce ainda
The Wall Street Journal informa com exclusividade que os riscos cardiovasculares decorrentes do Vioxx são mais precoces do que descritos nos estudos anteriores. Problemas para a Merck.
New Vioxx Study May Cast Doubt On Merck Claims
By HEATHER WON TESORIERO July 3, 2007
In a new blow to Merck & Co.'s defense in the Vioxx litigation, results from a yet-to-be-published study suggest that increased heart risks associated with the painkiller began immediately after patients started taking the drug. Since Merck withdrew Vioxx from the market in September 2004, it has argued that patients weren't at any heightened risk of a serious cardiovascular event unless they had taken the medicine for at least 18 months. The new study, known as Victor, was conducted by researchers at Oxford University in England. A Merck defense attorney sent a copy of the study to New Jersey Superior Court Judge Carol E. Higbee along with a letter saying that it was "our understanding that this manuscript has been accepted" for publication by the New England Journal of Medicine. A prepublication version of the study was reviewed by The Wall Street Journal. The study, which was designed to see whether the drug would curb progression of colon cancer, compared Vioxx, known generically as rofecoxib, with placebo in a total of 2,434 patients who were followed for two years. The study was halted when Merck pulled Vioxx from the market after another study, known as Approve, linked the drug to an increased risk of heart attacks and strokes. The new report includes only information about cardiovascular findings. According to the manuscript, 16 of the 23 cardiovascular events occurred in the Vioxx patients, and half of those occurred in patients within 12 months of taking the drug. "It would appear...that patients do not need to take rofecoxib for 18 months to be at increased risk of a cardiovascular thrombotic event," the authors wrote. The study also suggests that by 14 days after patients stopped taking the drug, the risk of heart and stroke went away. In the wake of the withdrawal, Merck faces about 28,000 lawsuits. Of those that have gone to trial, the company has won 10 and lost five. A spokeswoman for the New England Journal of Medicine, citing publication policy, declined to discuss the status of the manuscript. In a statement, Merck's outside counsel Ted Mayer said, "The reported findings with respect to confirmed thrombotic events in short-term use are not supported by the data found in the other available large placebo studies with Vioxx, including Alzheimer's studies, ViP and Approve."
segunda-feira, 2 de julho de 2007
A interferência na liberdade de cátedra
O blogue está uma confusão, um texto rascunho foi publicado e, o revisado somente agora pude colocar no ar. Outro, desapareceu e não consigo editar na versão "html". Se alguém puder me socorrer...
Continuando, a questão do post anterior recebi, esse comentário de "Vera" que reproduzo, porque não consigo autorizar publicação:
"Também já tive projetos financiados pela Fapesp, mas no meu tempo um projeto só era reprovado e o financiamento suspenso por parecer de especialistas anônimos. Nunca por pressão do Jornal Nacional, muito menos por abaixo-assinado."
Estive fora quase um mês do país. Não sabia da reportagem do Jornal Nacional. Bem, mais um argumento para reforçar minha posição de que há ameaça real à "autonomia universitária" em qualidade diferente do que a debatida no primeiro semestre desse ano. Para mim, muito pior do que decretos confusos que nem quem escreveu entendia do que se tratava.
Um risco a autonomia universitária: campanhas de blogueiros e abaixo-assinados
O debate confuso e radicalizado sobre a proposta de "redução de risco" que surgiu na internet e motivou várias manifestações na imprensa e, agora um abaixo-assinado é grave. Trata-se de interferência de interesses ideológicos na decisão de uma agência financiadora, no caso a FAPESP e, de uma instituição de ensino, o Instituto de Psicologia da USP. O conceito de autonomia universitária se aplica a esse caso, muito mais do que tudo foi dito e reclamado recentemente. Repito, campanhas na impresa e abaixo-assinados representam interferência grave na autonomia do pesquisador. Quem não gostou da pesquisa que a "destrua" nas revistas científicas e faça outra contrariando a tese apresentada.
Qual serão os próximos passos: discutir tratamentos médicos em blogues e abaixo-assinados? Ou, talvez o critério de aprovação de alunos? Ou, melhor ainda, podemos transformar os concursos acadêmicos em disputa em blogues e abaixo-assinados.... Ah, também podemos agora, finalmente eleger quem entrará na universidade...chega de vestibular!
A revisão por pares de projetos de pesquisa e nos comitês de ética é forma estabelecida em todo o mundo para a decisão final. Não é perfeita, mas tal como a democracia é o melhor que temos.
Aviso sou favorável à proposta de redução de risco, em tese, mas não concordo com vários aspectos da política dos técnicos do Ministério da Saúde, mas isso é assunto para outro momento.
General Motors e a cobertura universal à assistência médica nos EUA.
O jornal eletrônico Slate foi na "veia": a crise da GM já apontada aqui é decorrente dos gastos enormes em assistência médica aos seus empregados, ao contrário do que ocorre no Japão, Europa e Brasil onde há uma rede estatal. Esse é mais um argumento - econômico, competitivo, comercial - para que os Estados Unidos adote cobertura universal do cuidado médico.
Health Costs Screw Business, TooThe victim Sicko won't acknowledge.
By Timothy NoahPosted Monday, July 2, 2007, at 2:01 AM ET
Michael Moore (left) rabble-rouses in Sicko. Because he's a documentary filmmaker and not a politician, Michael Moore isn't obliged to pretend that fixing America's health-care system is a mere matter of realigning market forces. Moore's new film, Sicko, makes a straightforward case for "socialized medicine." Most other industrialized democracies have adopted some form of socialized medicine—Sicko visits France, Britain, and Canada—and while Moore can be faulted for depicting these health-care systems as flawless, the truth is that in most respects they are superior to the American system. Sicko tells story after heartbreaking story about ordinary people getting screwed out of the health-care benefits they thought they had coming. Yet one significant victim of America's market-based health-care system is left out: market capitalism itself.
I refer not to health insurers, nor to health-maintenance organizations, nor to for-profit hospitals, but rather to businesses outside the health-care sector that are saddled with the growing cost of providing health insurance to their employees. This obligation puts American companies at a disadvantage with respect to foreign competitors whose governments provide health care. The most obvious victim, ironically, is a company Moore knows very well: General Motors. Because of health-care obligations, the automaker that Moore pilloried in his first film, Roger and Me, is fighting for its life.
As Jonathan Cohn relates in his recent book Sick, private health insurance first came into being during the Great Depression, when doctors realized they had priced themselves out of the market. In the United States, health-insurance plans were organized on a nonprofit basis by hospitals working through fraternal organizations like the Elks and the Shriners. These were sufficiently successful that for-profit insurance companies got into the act. Businesses started displacing the Elks, et al., as dispensers of health-care insurance during the 1940s. It was a way for companies to get around wartime wage controls in a tight labor market. The government further accelerated the trend by exempting company and individual expenses for health insurance from the income tax. Pretty soon, health insurance was a routine part of the pay package offered by all but the very smallest employers
A fuga de médicos e enfermeiros por Timothy Garton Ash
O historiador inglês Timothy Garton Ash - professor das universidades de Oxford e Stanford em entrevista na Folha de S.Paulo (29/06/07) declara a preocupação já expressa várias vezes nesse blogue: a fuga de médicos e enfermeiros da África, India, Paquistão e América Central para Estados Unidos e Europa Ocidental. Leia a seguir, a resposta sobre migração:
FOLHA - A Europa tem dificultado a entrada de imigrantes dos países pobres. O futuro é só atrair gente com diploma?
GARTON ASH - Há muita gente no mundo que gostaria de se mudar para os países ricos, mas eles não têm como absorver tanta gente. Isso é particularmente verdadeiro na Europa, onde o Estado fornece assistência médica e educação. O que acho perigoso é a fuga de cérebros, tirarmos os melhores médicos e enfermeiros. O ideal era equilibrar três tipos de imigrantes. Receber refugiados genuínos, que fogem de agressores reais, aqueles que nossa economia necessita e os que querem vir para cá.
Aumenta expressivamente o número de consultas médicas nos EUA
O CDC (Center of Disease Control) liberou o relatório do atendimento ambulatorial nos Estados Unidos em 2005. Ele traz muita informação, mas reafirma uma tendência de aumento de utilização dos serviços de emergência pelos desprovidos de seguro-saúde. Há semelhanças importantes com o observado no Brasil, mas isso fica para outro momento.
Highlights of the report:
There were over 1.2 billion patient visits to physician offices, hospital outpatient clinics, and emergency rooms in 2005. Over the past decade, rates of visits per population increased for all types of health care settings studied. In the emergency department, the visit rate for patients with no insurance was about twice that of those with private insurance. Conversely, patient visits to physician offices were higher for individuals with private health insurance compared with uninsured persons. Over 29 percent of all ambulatory care visits were for chronic diseases such as heart disease and diabetes, and one in four were for preventive care, including check-ups, prenatal care, and post-surgical care. There were 2.4 billion medications prescribed or administered at these visits.
A agência Reuters apresenta comentários de Catharine Burt, uma das autoras do relatório.
"It was only a few years ago that we released that the total number of visits had reached 1 billion. And now we are up to 1.2 billion," "That's a 20 percent increase in the just the last five years -- a huge number," said Burt. "I can tell you that the number of hospitals and physicians has not increased 20 percent."
The reason is clear -- Americans are getting older. "When you reach 50 things start going wrong, just little by little, and you keep going back to the doctors," Burt said. The baby boom generation -- born between 1946 and 1964 -- are now prime users of the medical system. Burt's team surveyed 352 hospitals and about 1,200 physicians throughout 2005 for the study. Of 2.4 billion drugs mentioned in patients' medical records in 2005, 118 million were antidepressants, Burt found. High blood pressure drugs followed, with 113 million and arthritis or headache drugs were mentioned in 110 million. "These are visits. These aren't people," she said. People taking antidepressants may need more frequent doctor visits. The report also shed light on the controversial issue of emergency room visits. Many health care experts are worried that the 43 million people who lack health insurance in the United States must rely on emergency rooms for care -- not the best way to prevent serious conditions. The survey suggests this is true. "People with no insurance are twice as likely to use the emergency department as the privately insured," Burt said. Nearly 28 percent of all doctors visits by uninsured people are to emergency rooms, compared to 6.6 percent of visits made by people with insurance. The report found that 46 million of the visits made to ERs in 2005 were by people with insurance, compared to 19 million by people without insurance. "With 315,000 people visiting emergency departments every day, the alarm bells are sounding and policymakers should heed the alert and respond," said Dr. Brian Keaton, president of the American College of Emergency Physicians, which is pressing for a national commission on access to emergency medical services.
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