A pauta "morte nas estradas" e "morte no trânsito" pegou. Nada diferente do passado, simplesmente com a redução dos homicídios, esse problema está cada vez mais candente. Há culpados de vários níveis e gradações. Vamos, por parte:
1. a imprensa que há dez anos fez pouco caso do novo Código de Trânsito e, se preocupa mais com valor de pedágio do que com a segurança nas estradas pedagiadas e não-pedagiadas;
2. proprietários que não mantêm os carros em condições mínimas de segurança, mas gastam em rádios novos, p.ex.;
2. a publicidade cervejeira que estimula o consumo de álcool;
3. governos que não cuidam e não cuidaram de estradas no seu devido tempo;
4. empresas automobilísticas que não utilizam no Brasil, os dispositivos de segurança existentes nos países de origem das empresas;
Porém, milhões de cidadãos utilizam carros inseguros em estradas inseguras, mas fazem a conservação do veículo e , não dirigem sob efeito do álcool. E, consequentemente não matam ninguém, a não ser na definição estrita de "fatalidade".
Ao contrário, há uma minoria extrema de homicidas que utilizam seus carros da forma a mais agressiva possível. A eles, nenhum perdão deve ser admitido, a não ser a mão pesada da lei. Seja ele jogador de futebol, membro do ministério público, comentarista da rede Globo ou pagodeiro. Matou, vai preso.
Parece que estamos acordando para o fato simples que "bandido é bandido" e que a "criminalidade se reduz combatendo o criminoso". Por isso, rigor na punição aos assassinos que portam carros, não revólveres é urgente.