Não houve chance para aumento do orçamento da Saúde e, o complexo médico-industrial lançou-se a toda na voracidade de vender exames como sendo saúde e prevenção. "Veja" fez um caderno com todos os exames, recheados de propagandas de hospitais. "Época" deu capa para divulgar a venda do desfibrilador, um produto de um grande anunciantes. Tudo bobagem: hospital de qualidade é resultado de recurso humano decente.
Por exemplo, um hospital muito citado como sendo "de ponta", nos últimos dois anos demitiu quase todos os médicos plantonistas com muita experiência porque o salário era elevado e os substituiu por médicos qualificados, mas menos experientes. Mas, pior foi a decisão de reduzir o número de enfermeiros por leito. A hipótese corrente é que a economia decorrente de demissões de médicos e enfermeiros serviu para financiar anúncios frequentes nas revistas semanais e jornais dominicais, além da assessoria de imprensa que "planta" várias notinhas favoráveis ao hospital.