O Instituto Nacional do Câncer divulgou os novos dados sobre a mortalidade por câncer no país, na verdade dados do sistema de informação de mortalidade do Datasus. Os jornais de São Paulo deram destaque diferentes. Para a Folha de S. Paulo, o importante foi a queda das taxas de mortalidade por câncer de estômago. Para O Estado de S. Paulo foi o aumento da mortalidade por câncer de próstata.
As notificações de morte por neoplasia maligna de próstata quase dobraram entre 1979 e 2004. As razões são várias:
(1) houve melhora na notificação em geral, com número menor de mortes sem diagnóstico;
(2) o envelhecimento da população propicia o aumento da incidência e, consequentemente mortalidade por cânceres, como o de próstata;
(3) a mortalidade cardiovascular diminuiu, aumentando a probabilidade de morte por outras causas, como os cânceres;
(4) o surgimento de um marcador diagnóstico para o câncer prostático, o PSA, que possibilitou que novos fossem diagnosticados;
(5) o aumento do diagnóstico do câncer de próstata aumenta a proporção de casos que morrem com câncer, mas não de câncer.
(6) esse é um viés de informação da notificação médica em vário países, o de privilegiar o câncer prevalente e, não a causa básica, na maioria das vezes cardiovascular.
Um comentário:
O último parágrafo ficou meio truncado. O diagóstico precoce é bom ou não?
Já coloquei um link para seu blog (parabéns) no meu bloguinho. Abraço.
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