terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Carta ao secretário de saúde do Rio de Janeiro

Prezado Sérgio Côrtes, admirei seu trabalho no Into. Poucos dirigentes hospitalares tiveram coragem de enfrentar o esquema das "próteses-órteses". Dos que "peitaram" esse esquema, a maioria o fez em silêncio, mas você foi obrigado a se manifestar em auto-defesa pessoal e familiar. Entendo sua atitude. Desejo boa sorte na Secretaria de Estado, porque competência não lhe falta. Acuse à vontade, o governador e secretário anteriores, porque eles sabem se defender e, com certeza revidarão. Mas, por favor, não desqualique médicos e enfermeiros como na entrevista que li no Estadão de hoje. Se você quiser ter uma boa gestão, somente a fará com profissionais motivados e respeitados. O seu chefe, o Governador Sérgio Cabral, já deu um mal exemplo em falar coisas como "genocídio" e, acusar injustamente um hospital pela morte da empregada doméstica. Por fim, você caiu um pouco no conto do "8 ou 800". Não sei quanto um hospital precisa de despesas extraordinárias por mês, afinal depende do porte e complexidade, mas valorizar os 8 mil reais dos hospitais federais para uso contigencial, ofende a inteligência dos demais administradores hospitalares do país.
Lembre que sou de São Paulo, não voto no Rio e, não tenho nenhuma simpatia pelos governos que o antecederam.
Atenciosamente
Paulo Lotufo

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