O jornal El País noticiou que Fidel Castro teve uma diverticulite aguda com peritonite e, depois foi reoperado duas vezes pelas complicações (dizem da cirurgia primeira, mas eu acho que foi da própria doença). Informam que a equipe que operou "caiu em desgraça". Difícil comentar ou opinar sobre um caso clínico quando o médico tem todas as informações. Iimpossível, quando há somente um relato na imprensa. Tal como ocorre no apagão aéreo, enchentes em Minas e cratera do metro sempre há um "especialista" que "sabe tudo', mas "não fez nada".
No passado, o lendário Paulo Dudley-White, professor de cardiologia da Harvard, cuidou do então presidente e, também lenda americana, Eisenhower que sofrera um infarto do miocárdio ; O professor fez relatos técnicos que foram censurados na Inglaterra, afinal citava que o "presidente já está eliminando gases". George Pompidou estava tomando cortisona (literalmente estava na cara) e, negava doença. JK escondeu um infarto do miocárdio. Os casos Tancredo e Covas já foram muito discutidos.
Recentemente, tivemos a morte de Yasser Arafat sem relato da causa básica por imposição da mulher.
Qual a posição a ser tomada em caso de doenças de dirigentes políticos ou mesmo as "celebridades"? Minha opinião:
(1) apesar do problema que representa para a comunidade o seu afastamento, a decisão de noticiar deve ser do paciente ou de sua família.
(2) o relato deve ser técnico, sintético por meio de boletins médicos assinados pelo diretor da instituição, sem entrevista coletiva ou mesmo o "off".
(3) principal:médicos que estão envolvidos devem ficar quietos porque em qualquer manifestação, eles ferem o sigilo profissional. Os demais mais quietos ainda para não falarem besteira e, por causa de quinze segundos de glória, mostrarem-se ridículos ao comentar o que não conhecem. Inevitável, que o mesmo jornalista que entende de aviação, obras de grande porte também opinará sobre a doença e conduta.
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