O jornal eletrônico Pesquisa Fapesp traz artigo do professor Antônio Bianco sobre o impacto da obesidade sobre as brasileiras que vivem nos Estados Unidos, na região de Boston, Estados Unidos. Não há novidade: brasileiras estão mais gordas e as mulheres de Boston muito mais obesas do que a média das brasileiras. O que há de novo é também muito antigo no Brasil, mas relativamente desconhecido nos Estados Unidos e, introduzido lá por nossos compatriotas: o uso de hormônio tireoideano e outros medicamentos para reduzir o peso corpóreo. A globalização traz novos desafios, um deles, a assistência médica e farmacêutica, ainda regulada dentro dos limites dos Estados-nação. Abaixo, trecho do artigo de Bianco.
Tireóide, Brasil e obesidade. Qualquer uma dessas palavras chama a minha atenção, mas as três juntas, na mesma sentença, me fizeram parar o que estava fazendo e prestar atenção. No meu laboratório, por um motivo ou outro, um rádio está sempre ligado, invariavelmente na National Public Radio (NPR), uma estação sem fins lucrativos que fornece notícias e talk shows sem comerciais para cerca de 26 milhões de pessoas, por semana. Ao escutar a seqüência de palavras-chave, interrompi a conversa com o colega John Harney e sintonizei mentalmente na matéria que estava sendo noticiada por Alan Coukell, um repórter de ciência e saúde da NPR. Coukell estava contando que muitos residentes de Massachusetts estão usando pílulas brasileiras para emagrecer, para perder os quilinhos a mais que ganharam durante o inverno. Essas pílulas, manipuladas no Brasil, são desconhecidas das autoridades locais, portanto ilegais, e potencialmente fatais
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