The Economist (edição de 09 a 15 de junho) apresenta reportagem sobre o que eles chamam de ataque à patentes da indústria farmacêutica. O artigo é bem ponderado com vários pontos de vistas, exceto a do governo brasileiro, visto que o foco é mais na Tailândia e na Índia. Porém, há uma frase de personagem já aqui citado, o senhor Tadataka Yamada, hoje diretor da Fundação Melinda e Bill Gates: “Brazil is not Rwanda, which cannot afford to pay”. Interessante, muito interessante, as análises vindas dessa Fundação. Quando convém aos interesses da Fundação, o Brasil é um país rural onde campeia parasitores sendo imposta a vacina jeca tatu para ancilostomíase. Em outro momento, onde a defesa dos interesses da Big Pharma é mais importante, o discurso muda o estágio de desenvolvimento do país é outro. Já discorri mais de uma vez sobre a vacina da ancilostomíase e o papel da Fundação Melinda e Bill Gates. (clique aqui) Discordo que os Institutos Rene Rachou (MG) e Butantan (SP) gastem tempo com essa proposta. Melhor seria se preocupar com o vírus sincicial respiratório cuja contaminação aflige milhões de crianças e aumentam consideravelmente a morbidade nessa época do ano.
Ou o Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde e acadêmicos de uma forma geral estabelecem qual a agenda de prioridades de ações em saúde ou estaremos sendo dirigidos por pessoas como o senhor Yamada, ora na Glaxo Smith-Kline ora na Fundação Gates.
Nenhum comentário:
Postar um comentário