Nossa ciência contribuiu muito para o conhecimento da doença de Chagas, desde claro a sua descrição por aquele que foi honrado com um dos poucos epônimos ainda existentes na medicina. João Carlos Pinto Dias desenvolveu em Bambuí (MG), o seguimento de pacientes que trouxe muitos ensinamentos da doença como também do método de seguimento prospectivo. As escolas paulistas em Ribeirão Preto e São Paulo inovaram no tratamento cirúrgico. Agora em Goiás seguimento da cardiopatia chagásica permitiu publicação no The New England Journal of Medicine. Porém, houve época que existia tantos outros " pesquisadores dedicados à doença de Chagas", que um já falecido professor afirmou "hoje, há mais gente vivendo do que morrendo da doença de Chagas!"
Bem, tudo isso para comentar o "relatório" da ONU falando em 1% dos homicídios do mundo ocorrendo em São Paulo. Os dados são de 2003 ou de 1999, não fica claro. Quando há informação de 2007! A fonte é reportagem do jornal La Nácion!
Há um bom tempo, os ongueiros da violência omitem descaradamente a redução dos homicídios em São Paulo (e, pasmem no Rio de Janeiro) porque afinal interessa muito manter a ordenha da vaca de ouro dos financiamentos na área de violência. Logo aparece, um novo edital do Ministério da Justiça, depois um financiamento de algum organismo internacional etc etc. Claro, que sempre em São Paulo ou Rio. Nada de se locomover ao interior da Amazônia ou Nordeste. Nada de apoiar a iniciativa Pacto pela Vida do governador de Pernambuco, o primeiro a assumir o problema da violência sem subterfúgios. Nada de fustigar o governador Aécio Neves e, o recorde de homicídios em Belo Horizonte. Melhor, fazer relatórios em São Paulo e palestras no Rio de Janeiro, com uma "escapada" para o exterior para "denunciar as mazelas".
Logo, logo o espírito do velho professor descerá em algum pano branco para afirmar: há mais gente vivendo da violência do que morrendo por ela!
Ah, em breve mais um "mapa da violência" !!!
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