Como The Economist resolveu discutir a epidemiologia da aids no Brasil. Sinto-me confortável em discutir economia e sociologia.
Não me lembro de estar em São Paulo, em janeiro, com tanto movimento e agitação. Nem o período de carnaval "segurou" a cidade. Em março, o movimento está muito maior do que o habitual. Hoje, noticia-se que as compras aumentaram em janeiro em relação a dezembro, fato inédito. Ou seja, minha impressão é fato . Economistas não sabem explicar. Fico tentado a apresentar uma hipótese: o fim da CPMF. Um indivíduo que recebe 2000 mil reais se gastasse todo o salário de imediato pagaria "somente" R$ 7,60 da CPMF. Como ele, deixou de recolher essa quantia, gastou também esse valor. Ou seja, ao invés de recolher a Brasília, ele deixou na sua cidade. Milhões fizeram o mesmo. Esse recurso multiplicou-se na economia real. O indivíduo não percebeu o ganho, mas o impacto social é grande.
A epidemiologia demonstrou que reduzir em 2mm de mercúrio a média populacional da pressão arterial reduzirá em 10% as mortes por doença cerebrovascular. Notem que 2 mm não é a unidade de medida no aparelhos tradicionais, por isso imperceptível ao indivíduo, mas com impacto populacional.
Ou, como definiu Durkheim, o fato social: que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter."
Nenhum comentário:
Postar um comentário