Abaixo, reproduzo a excelente entrevista do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sobre a questão de Roraima. Li, quase tudo publicado na imprensa brasileira. Ele foi o único que mostrou que conhece a região. Ele descreve o poder da ONGs e, a caracterização que elas fazem do índio como não-brasileiro, ao negar que os índios se sintam representados pela seleção nacional de futebol, mais conhecido como "escrete canarinho". Copio a resposta que sintetiza o desespero que muitos que sempre lutaram pela igualdade, mas agora assistem companheiros cultuando a diferença e desigualdade.
O sr. trata índios e não-índios como brasileiros, mas a antropologia pensou a demarcação como modo de preservar o diferente.
Eu sou tributário da minha formação marxista, da luta pela igualdade. Hoje, há uma grande parcela da esquerda que, depois de capitular diante das dificuldades para transformar o mundo, dedica mais esforço a cultuar e a reforçar a diferença, em vez de buscar a igualdade. Sei que isso tem peso muito grande na formação das opiniões sobre, por exemplo, convivência étnica. Mas a realidade em Roraima não se manifesta assim, eu sei porque vi, percorri toda aquela calha da fronteira, entrei nas áreas indígenas.
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