quarta-feira, 23 de agosto de 2006
ABRASCO(2): Demografia, a redução da esperança de vida na África do Sul e na Rússia.
Duas apresentações interessantes de dois países que seriam integrantes do chamado G-13( o G-7 mais China, Índia, Brasil, Rússia, México e África do Sul) apresentadas na reunião da ABRASCO (22/08/2006).
África do Sul: o aumento da prevalência de portadores do HIV aumentou de 1-4% em 1984 para 5-9,9% em 1994 e, em 2003 superou a 20%. Fruto do período de transição do país, mas principalmente da política oficial que nega a relação HIV-aids. O perfil de mortalidade do país é igual ao de São Paulo (exceto aids e homícidio), mas em 1900!!! Confiram as dez principais causas de morte: aids 39%; homicídios 7,5%; tuberculose 4,3%; diarréia 4,2%; acidentes 4,1%; doença cerebrovascular 2,7%; doença coronariana 2,5%; causas perinatais 1,7%; desnutrição 1,5%. (dados apresentados por Salim Abouol Karim, da Universidade de Natal).
Rússia: um dos poucos países com encolhimento populacional devido ao aumento da mortalidade com associação nítida com o fim do regime estatal soviético e transição para um novo sistema econômico e social. Um dos fatores importantes foi o aumento das causas de óbito ligados ao abuso de álcool. Um estudo específico de causas de mortalidade entre homens com idades entre 25 e 54 anos na cidade de Izhevsk com delineamento caso-controle entre 1750 parentes de pessoas que morreram e igual número de controles revelou que o uso continuado e excessivo de bebidas alcóolicas foi um fator determinante. Interessante foi a diferença entre os tipos de bebidas considerando a razão de chances de morte(odds ratio) de quem bebia mais de cinco vezes por semana em relação aos abstêmios. Bebedores de cerveja:1,5 vezes; de destilados: 4 vezes; de vinho: 5 vezes e, de bebidas sem registro mas vendidas largamente a preços irrisórios:16 vezes. (dados apresentados por Susannah Tomkins, da London School of Hygiene and Tropical Medicine)
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