Há dez anos, a situação era a seguinte: (1) Estados Unidos ninguém ousava falar em genéricos, exceto alguns idosos inconformados com os preços dos medicamentos, as farmácias escondiam na prateleiras e, os médicos não prescreviam; (2) no Brasil iniciava-se a discussão e processo de adoção de um projeto considerado obra de um "maluco', o então deputado Eduardo Jorge (PT-SP) e, por um Ministro "oportunista", José Serra. Vários médicos e professores de medicina diziam em alto e bom som, que os "genéricos não pegariam". Bem, a história brasileira é conhecida. A história americana pode ser acompanhada, hoje (31/11/06), no The Wall Street Journal na reportagem mostrando que todas as empresas de seguro-saúde e a maioria dos empregadores estão exigindo que se prescreva somente genéricos, ou que haja substituição do medicamento de marca pelo genérico.
Alguns planos de saúde não estão mais exigindo o pagamento do sistema de co-pagamento quando o medicamento for genérico, ou seja há subvenção total para genéricos. A comparação de novos genéricos lançados no mercado comparado ao medicamento de marca referência mostra que os genéricos suplantaram as vendas rapidamente dos medicamentos de referência.
Comentário: os medicamentos genéricos representam um avanço na assistência farmacêutica. No Brasil vingou porque houve determinação política, apesar da oposição da indústria farmacêutica, via porta-vozes na imprensa, academia e sociedades de especialistas.
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