A Gazeta Mercantil (31/10/06) apresenta os dados da consultoria Towers Perrin sobre a assim chamada “saúde suplementar” que atende “36 milhões” (sic, porque nunca vi a estimativa publicada de forma rigorosa desse número). (1) os planos de saúde corporativo representam 68% dos planos, se considerarmos somente os planos novos depois da lei 9658/98, os planos coletivos chegam a 76% do universo de vidas cobertas; (2) a inflação anual brasileira nos custos da “saúde suplementar” é de 12%; (3) a divisão do mercado por categorias de prestadores é a seguinte: planos de saúde =49%; medicina de grupo = 21%; autogestão = 18%; cooperativas = 12%; (4) os executivos principais das empresas ainda não participam nem interferem nas decisões relativas aos planos de saúde.
Comentário: os planos individuais tendem a ser parte residual do sistema privado de assistência médica, tal como ocorre em todos os países. A existência desses planos foi reflexo mais uma deficiência do sistema, do que uma qualidade. Em parte, a presença da inflação e, a tradicional incompetência brasileira em calcular custo permitiu que esses planos sobrevivessem. A explicação é simples: a adesão individual é quase sempre de risco. Há 20 anos observei em um hospital privado de São Paulo, o sucesso do corretor vendendo planos de seguro de saúde para quem tinha acabado de sair do hospital e, passar no caixa.
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
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