Não poderia deixar o domingo sem falar do caso "Avandia". Esperei para as revistas semanais para ler os comentários dos especialistas. Nada que fugisse do bom senso. Bom, o ZecaPagodinho quesito diabetes, está sem vencedor por falta de candidatos aptos. Mas, nos EUA, "the Irish eyes of envy", não pouparam Steven Nissen, o autor do artigo. Os comentários nos blogues por pesquisadores e médicos americanos mostram o quanto Shakespeare é eterno...... Mas, gostaria de discutir a internet.
Não há como negar como a internet - criada pelo "imperialismo ianque" ou "neoliberalismo" , mas proibida no "socialismo real" - é uma revolução. Imaginem, o tema tratado da forma tradicional.
O "New England" publicaria o texto na forma impressa. Haveria repercussão na imprensa americana e, a maioria do mundo receberia somente os despachos da Reuters e AP. Enquanto isso, a empresa colocaria toda a "força de venda" para desqualificar o autor, o método e a qualidade do artigo, o qual ninguém ainda tinha tido acesso ao texto integral. Isso ocorreu no passado com o Adalat e de certa forma com o Vioxx. Agora, a coisa foi diferente: o New England publicou no site, permitiu que o mundo todo lesse e concluísse. Enquanto isso, a versões da da empresa, FDA, EMEAS, sociedades de especialistas circularam igualmente. E, permitiram que os blogueiros pudessem opinar à vontade, questionando os dados e, principalmente o comportamento dos poderosos. Não coincidentemente esse blogue bateu o recorde de acesso.
Dedico esse post ao professor Eduardo Chaves da UNICAMP que há mais de dez anos afirmava que a internet significaria tanto para a humanidade quanto representou a criação da imprensa. Exemplificava ele (se a memória não me trai): "não haveria Lutero, sem Gutemberg. Sem a possibilidade de imprimir a Bíblia,não seria possível a Reforma Protestante e, consequentemente tudo aquilo que ela influenciou". Algúem, consegue imaginar as revoluções americana, francesa e russa sem a palavra escrita?
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