Hoje, 04 de maio de 2007 completam-se 30 anos de uma virada histórica no país. No entanto, a data não será destaque em nenhum jornal para lembrar a primeira passeata estudantil nos anos 70. As palavras de ordem, liberdades democráticas, anistia ( e, depois constituinte) se tornariam vitoriosas inaugurando o período mais livre do nosso país. Esse ano foi fundamental começou antes com manifestação exclusiva da USP para aumento de verbas em março que saiu do Butantã até o Largo dos Pinheiros. Em maio, a concentração no Largo de São Francisco foi até o meio do viaduto do Chá e, retornou para o Largo do Patriarca. Depois de São Paulo, as manifestações se espalhariam por todos os campi do país, culminando com o confronto da Universidade de Brasília que foi ocupada em agosto. Em setembro haveria a invasão da Faculdade de Medicina da USP (cuja história um dia será contada), sem vítimas e, um dia depos da PUC com várias vítimas. A luta democrática avançaria depois de maio de 77 em todos os setores da sociedade.
Historiadores obreiristas somente reconhecem as greves salariais do ABC em 78 como o ponto da virada, mas elas nada tinham de políticas, como o seu líder fazia questão de deixar bem claro. Jornalistas somente lembram de 1968 e, com certeza daqui a um ano haverá várias reportagens com a famosa foto da Maria Antonia e carros pegando fogo.
Escrevo sem ressentimento, para lembrar um grande momento que vários leitores também compartilharam. Infelizmente, Paulo Mendes de Carvalho, Marcelo Garcia e Celso Máximo de Figueiredo que estiveram comigo em todos os momentos acima, não lerão essa mensagem (0u lerão??) . Aos demais amigos, os parabéns pela vitória.
Lembro que o pior sujeito não é o que não sabe perder, mas sim aquele que não sabe ganhar!
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