O termo realpolitik aqui utilizado foi cunhado há mais de um século para mostrar a diferença entre decisões práticas daquelas movidas pela ideologia. Os ideólogos de esquerda e, principalmente os de direita gastaram muita tinta discutindo uma questão simples: a da quebra de patente do efavirenz. Já afirmei aqui, que esse fato ocorreu pelo desdém da filial brasileira da Merck com o governo brasileiro do que por motivação ideológica. A Abbott foi mais esperta e, rapidamente se acertou com o Ministério da Saúde. Afirmei aqui e, em entrevista a uma revista semanal, que o prejuízo para o país no caso efavirenz seria zero.
A Big Pharma e o Governo brasileiro não são pouca coisa no cenário mundial. A primeira controla quase todos os medicamentos, o segundo é um dos seus maiores compradores - pagador pontual e correto - porque a responsabilidade na política de assistência farmacêutica no Brasil - principalmente aquela de alto custo - é maior do que na maioria dos países renda equivalente ou superior à nossa.
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