A agência Reuters publica relato de americanos formados em medicina em Cuba. Eles são oito, mas há mais oitenta e oito em formação. Há um compromisso de trabalhar nos EUA em áreas pobres e carentes. A situação do mercado de trabalho médico pode ser resumido, no seguinte quadro: (1) redução de médicos dedicados à atenção primária nos EUA e Inglaterra(vide os posts anteriores sobre o mercado de trabalho nesses países); (2) insistência em Cuba em criar o “genérico de médico” como forma de amealhar divisas (vide Angola e Venezuela); (3) o fato de que Índia, Paquistão, Gana e Filipinas formam médicos de qualidade, mas não os retém por falta de recursos, aliado ao fato de que os cursos médicos são ministrados em inglês nesses países.
A conseqüência poderá ser: (1) migração cada vez maior de médicos de países com formação boa para ocupar posições nos EUA e Europa; (2) venda de mão de obra médica por parte de Cuba para vários países, inclusive para os Estados Unidos, em áreas carentes. Essa situação já existe em Gana.
Bem, e nós como ficamos? A confusão é tamanha nessa área, que somente chamando a “Denise do charuto”, “o brigadeiro da Infraero” sob a coordenação do ex-ministro Waldir Pires para organizar a formação médica no Brasil.
P.S. as entrevistadas pela Reuters em nenhum momento questionam o exame de qualificação para recertificação do diploma obtido em Cuba a que serão submetidas nos EUA.
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