Abaixo, transcrevo parte de artigo excelente (assinante da Folha, clique aqui) de Lígia Bahia e Mário Scheffer sobre a administração dos serviços públicos de saúde. Eles defendem o aumento do orçamento da saúde, mas não deixam de reconhecer sérios problemas gerenciais, cujas origens se encontram no idealismo dos sanitaristas com o "controle social" via os conselhos e conferências e, a manipulação sindical dos funcionalismo da área da saúde. Em suma, há necessidade de mais dinheiro, mas sem uma reforma administrativa radical, o dinheiro continuará ser mal gasto.
As necessidades de saúde dos usuários do SUS nem sempre coincidiram com as hierarquias estabelecidas pelos gestores, intelectuais e movimento sindical da saúde. Talvez seja o momento de os interesses corporativos darem ouvidos a quem mais entende dos problemas intrincados de financiamento e de gestão: a população que depende do SUS, que não agüenta mais ver o acesso negado, a rede pública em penúria, a peregrinação em filas, os prontos-socorros lotados, a precarização do trabalho dos profissionais que atuam nos serviços.
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