sexta-feira, 25 de agosto de 2006

NEJM (24/08/2006) Fatores prognósticos na Doença de Chagas.

Anis-Rass Jr e colegas de Goiânia conseguiram a façanha de publicar na revista médica mais concorrida, o The New England Journal of Medicine (2006; 355:799-808) fruto da casuística de vários anos de acompanhamento de 424 pacientes com cardiopatia de Chagas em Goiânia. Esse estudo foi a tese de doutoramento na Faculdade de Medicina da USP sob orientação de Maurício Scanavacca. O texto relato os principais fatores associados ao pior prognósticos como: insuficiência cardíaca (classe III ou IV), aumento da área cardíaca na radiografia, disfunção ventricular ao ecocardiograma; taquicardia ventricular no eletrocardiograma de 24 horas, ondas QRS de baixa voltagem no eletrocardiograma e, por último o sexo masculino. Comentário: trata-se de mais uma demonstração de qualidade da medicina brasileira e, da importância do sistema de pós-graduação que ao exigir publicações e, incentivar a competição entre os programas, na prática obriga que contribuições importantes sejam divulgadas. Em outras palavras, talvez estejamos publicando mais, do que produzindo melhor, o que já é um bom caminho. Quanto à Doença de Chagas há necessidade de se testar novos medicamentos na fase inicial, visto que na fase avançada a mortalidade é superior a 80% em cinco anos. Ver mensagem anterior sobre a possibilidade de teste de novas drogas para Chagas. Cópia do artigo: solicitar o envio a arassijr@arh.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente, Prof. Lotufo, nossos colegas de Goiânia estão de parabéns...
Este trabalho é fruto da incansável dedicação do grupo de pesquisadores de Goiânia ao estudo desta doença tão negligenciada.