
sábado, 3 de novembro de 2007
Doenças negligenciadas ganham revista com acesso livre

quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Relação indústria farmacêutica e médicos

apresentação dos relacionamentos mais descritos como amostras grátis, presentes etc etc.
O texto apresenta duas considerações bem válidas do lado positivo e negativo:
Clearly, relationships between physicians and industry can have some positive effects on patient care. Many, if not all, of the drugs currently on the market simply wouldn't exist if it weren't for relationships whereby physicians enroll patients in manufacturers' clinical trials and provide companies with advice on drug development. And even a relationship in the form of attendance at an industry-sponsored luncheon or dinner may lead physicians to recommend beneficial drugs that are being underprescribed — though there is no reason why an educational activity needs to be accompanied by an expensive meal or a trip to a tropical resort.
But physician–industry relationships can also have serious negative effects. For example, doctors with ties to industry may be more inclined than their colleagues to prescribe a brand-name drug despite the availability of a cheaper generic version. The provision of free samples may reinforce this behavior and perhaps stimulate off-label use of medications, which can pose risks for some patients. Industry relationships may stimulate the premature adoption of novel treatments, which could lead to serious health problems for patients. Industry inducements may reduce physician adherence to evidence-based practice guidelines in favor of company medications or interventions that are not recommended in independently developed guidelines. Finally, the financial rewards from industry relationships may reinforce a culture of entitlement among physicians, which could limit their ability to honestly acknowledge and manage the potential negative effects of these relationships. In general, physicians vehemently deny that their industry relationships have any of these negative effects — but they are less convinced that the same is true of their physician colleagues.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Comparando taxas de homicídio em São Paulo

metodologia: utilizei os dados de mortalidade por residentes e de população disponíveis no site do Ministério da Saúde (http://www.datasus.gov.br), calculei as taxas sem ajuste por idade. Apliquei regressão linear simples para verificar o declínio anual (coeficiente angular/coeficiente linear) e, testei o declínio utilizando o recurso "curvefit" do SPSS 15.0. Não consegui determinar o melhor "fitness" para essas curvas, por isso não comparei os declínios (aceito sugestões)
Retórica sem qualquer comprovação na queda dos homicídios.
O professor da Faculdade de Direito, Sérgio Salomão Schecaira, no dia 11/10/07 escreveu na Folha de S. Paulo artigo onde considerava desnecessário o número de prisioneiros, visto que as taxas de homicídios estão em declínio. Bem, tratava-se de uma certa confusão entre causa e efeito. O mais simples seria dizer que pelo aumento do número de potenciais homicidas, houve queda nos assassinatos. O pior é que comparava com os demais estados, onde havia menos prisioneiros, mas mais homicídios. Hoje, ele recidivou e resolveu confundir a demografia e a estatística.
O texto na Folha de S. Paulo reproduzo abaixo em itálico e negrito
Vejamos. Em 1999, nossa capital tinha um índice de 52,57 homicídios por 100 mil habitantes ao ano (fórmula internacionalmente aceita para medição da violência). Em 2006, em queda vertiginosa de 63,74%, o índice chegou a 19,06. Projeta-se para 2007 um índice de 12 homicídios, ficando a capital mais segura que a média do interior. No mesmo período, o Estado, protegido pela mesma polícia, viu um decréscimo de 35,33 (1999) homicídios por 100 mil habitantes para 15,23 (56,89%). Ou seja, na mesma base territorial em que atua a polícia paulista, o decréscimo de mortes violentas foi muito menor e em grande parte promovido pela diminuição na região metropolitana. A mesma "polícia" foi eficaz na capital, mas nem tanto no resto do Estado. Ou, em outras palavras, não foi a polícia sozinha que determinou a baixa dos índices. Quais circunstâncias concorreram para a queda brutal desses índices?
Agora, vou por partes :
(1) primeiro não há como comparar a parte e o todo, o correto seria comparar capital versus interior;
(2) reduzir taxas de mortalidade é mais fácil quando os valores iniciais são mais elevados: 52/100 mil na capital versus 35/100 mil em todo o estado;
(3) as reduções pontuais entre 1999 e 2006 na capital e no estado foram 63% e 56%, mostram uma diferença formal, mas que necessita ser testada utilizando instrumentos básicos de estatística, ou seja elas podem ser iguais.
(4) o autor cita os dados de 2006, mas prefiro trabalhar até 2005 com os dados consolidados do Ministério da Saúde que são mais exatos porque fazem a compensação com os demais estados.
Antes, que alguém pergunte: não sei explicar as causas da redução dos homicídios em São Paulo.
Gostaria que estudo empírico fosse realizado logo, porque opiniões há em excesso.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
The Red Sox Nation

PS: meus desejos para o próximo ano se resumem aos esportes:
(1) Palmeiras, campeão paulista e brasileiro (vale Copa do Brasil);
(2) New England Patriots vencendo mais um SuperBowl e, o Boston RedSox levando a World Series em outubro;
(3) voto útil para o Santos na Libertadores e Mundial para reduzir o tamanho do topete (merecido) tricolor;
(4) que o Leandrinho seja o MVP da NBA;
(4) que o Brasil não enfrente o Uruguai na final de futebol no Panamericano do Rio.
domingo, 28 de outubro de 2007
Tratamento cirúrgico da obesidade e diabetes: a proposta é mais antiga

O que eu gostaria de saber é: (1) se os médicos entrevistados citaram os resultados iniciais da equipe de Santoro às jornalistas e, elas por motivo que não interessa aqui - por inócuo -decidiram não entrevistá-lo; ou (2) houve omissão por parte de um dos entrevistados, o que seria estranho, porque afinal, ele foi o revisor foi um dos revisores do artigo acima citado no já longíquo 2003. Fica o registro aqui, para a posteridade. Abaixo, o resumo do artigo de Santoro.
CONTEXT AND OBJECTIVE: Most bariatric surgical techniques include essentially non-physiological features like narrowing anastomoses or bands, or digestive segment exclusion, especially the duodenum. This potentially causes symptoms or complications. The aim here was to report on the preliminary results from a new surgical technique for treating morbid obesity that takes a physiological and evolutionary approach. DESIGN AND SETTING: Case series description, in Hospital Israelita Albert Einstein and Hospital da Polícia Militar, São Paulo, and Hospital Vicentino, Ponta Grossa, Paraná. METHODS: The technique included vertical (sleeve) gastrectomy, omentectomy and enterectomy that retained three meters of small bowel (initial jejunum and most of the ileum), i.e. the lower limit for normal adults. The operations on 100 patients are described. RESULTS: The mean follow-up was nine months (range: one to 29 months). The mean reductions in body mass index were 4.3, 6.1, 8.1, 10.1 and 10.7 kg/m2, respectively at 1, 2, 4, 6 and 12 months. All patients reported early satiety. There was major improvement in comorbidities, especially diabetes. Operative complications occurred in 7% of patients, all of them resolved without sequelae. There was no mortality. CONCLUSIONS: This procedure creates a proportionally reduced gastrointestinal tract, leaving its basic functions unharmed and producing adaptation of the gastric chamber size to hypercaloric diet. It removes the sources of ghrelin, plasminogen activator inhibitor-1 (PAI-1) and resistin production and leads more nutrients to the distal bowel, with desirable metabolic consequences. Patients do not need nutritional support or drug medication. The procedure is straightforward and safe.
Raça, gênero e doença cerebrovascular
Abaixo, resumo do artigo original Raça, Gênero e Mortalidade por Subtipo de Doença Cerebrovascular em São Paulo, Brasil publicado no Arquivos de Neuro Psiquiatria, de autoria de Paulo A Lotufo, Alessandra C Goulart e Isabela M Bensenor. O texto completo em inglês pode ser lido na base scielo. (clique aqui)
As taxas de mortalidade pela doença cerebrovascular apresentam distribuição diferenciada de acordo com variáveis socioeconômicas. Informação sobre raça é nova no sistema de informação de mortalidade do Ministério da Saúde. Na cidade de São Paulo foi verificada entre três categoria de raça – branca, parda e negra – a taxa específica de mortalidade nos anos de 1999-2001 para pessoas entre 30 e 79 anos. Para o conjunto das doenças cerebrovasculares as taxas de mortalidade ajustadas para idade (x 100.000) para homens foram maiores entre os negros (150,2), intermediária para os pardos (124,2) e menor para brancos (104,5). Esse gradiente foi o mesmo para todos os subtipos, excluindo a hemorragia subaracnoídea. Para as mulheres, as taxas foram menores quando comparada aos homens e, o mesmo padrão foi observado para negras (125,4), pardas (88,5) e brancas (64,1). A razão de risco para homens negros quando comparado aos brancos foi 1.4, mas entre as mulheres negras e as brancas foi o dobro. Concluindo, houve um gradiente significativo da mortalidade cerebrovascular de acordo com raça, principalmente entre mulheres.
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