sábado, 5 de julho de 2008

'Lei Seca" é papo de otário ou de lobista das cervejeiras

Já expressei várias vezes aqui argumentos e expus fatos sobre o risco de se dirigir sob efeito de bebida alcóolica. A lei atual é moderna e adequada aos padrões exigentes da civilidade. Chamá-la de lei seca é desonestidade. Não há proibição à venda ou ingestão de bebida alcóolica, simplesmente, não se admite que se mate ou morra ao volante. José Arthur Giannotti em artigo lamentável na Folha de S.Paulo (06/07/08) não consegue entender porque o Brasil baixou tanto o limiar do nível alcóolico, próximo ao dos paíse nórdicos. O nosso filósofo não "realizou" que a carga de mortalidade por acidentes de trânsito no Brasil é maior do que em outros países.
Os argumentos contra a lei são equivalentes àqueles contra o cinto de segurança e o de fumar em ambientes fechados. Os exemplos dos bombons licorosos ou do sagú lembram as asneiras de que o uso do cinto de segurança seria perigososo, porque sua utilização aumentaria o risco de ficar preso dentro do carro em caso de afogamento ou de incêndio.
A Associação dos Bares, ao invés de pagar caros advogados, poderiam criar um novo e lucrativo negócio junto com as cooperativas de taxistas. Cada bar ou restaurante, ou um conjunto de deles faria convênio com uma cooperativa de confiança. O cliente pediria um carro e indicaria o destino. O restaurante cobraria na própria conta a viagem e, anotaria o nome do motorista. Todos ganhariam, menos os valets. Eles poderiam se transformar em taxistas, aliás uma atividade mais digna porque permite trabalho autônomo. Pais ficariam mais tranquilos se soubessem que seus filhos voltariam para casa com motorista conhecido.
Outro aspecto importante será a redução de estacionamentos em bairros como Vila Madalena, cujos terrenos poderiam ter utilidade maior como residência ou comércio. Isso também reduzia o barulho causado pelo tráfego de carros e estacionamentos de carros nas ruas pelos valets.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Novo visual

O blogue está de cara nova. Estive fora duas semanas nos Estados Unidos. Enquanto isso alguns temas surgiram sem que pudesse comentar, como a lei que coibe a direção de veículos por pessoas alcoolizadas, as pressões pela saída do Ministro da Saúde, a divulgação da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde.
Mas, ficam aqui impressões sobre a questão da saúde nos Estados Unidos:
1. propaganda de medicamentos de forma insuportável, agressiva, de forma nunca visto antes tanto na televisão como no rádio e na imprensa escrita.
2. o número de livros criticando o complexo médico-industrial-midiático aumentou muito, ao mesmo tempo que há uma quantidade muito grande de ensaios sobre a importância de se restabelecer a relação médico-paciente.