sábado, 15 de setembro de 2007

PNAD 2006:Mais uma vez a queda da fecundidade

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2006 revelou que a tendência de redução da taxa de fecundidade (número de filhos por mulheres acima de 15 anos) entre 2005 e 2006 foi observada nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Nas regiões Norte e Centro-Oeste o valor é o mesmo. Importante que a taxa mais elevada - região Norte - é baixa, 2,5 filhos/mulher. Na região mais populosa - Sudeste - o valor de 1,8 está bem abaixo da taxa de reposição. Outros comentários sobre esse tendência estão disponíveis clicando aqui.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Avandia, agora o concorrente é melhor.

A saga da rosiglitazona continua em tela. Mais, uma metanálise publicada - adicionando os dados mais recentes da própria GSK - mostrou novamente aumento do risco de infarto do miocárdio, o artigo está publicado em JAMA. Esse artigo não chega a ter o impacto contra o Avandia, como esse outro publicado na mesma edição de JAMA. Trata-se de outra metanálise,mas com o concorrente, a pioglitazona, onde revela-se que esse medicamento reduz o risco de morte, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O presidente, o futebol e o financiamento da saúde

Não resisto a auto-citação agora que o presidente do Corinthians está próximo da prisão e, comprova-se que o crime organizado associou-se ao futebol desorganizado. Reproduzo abaixo o post de 24 de fevereiro quando o Presidente preferiu encontrar o parceiro da máfia russa a saudar a iniciativa do Instituto de Neurociências de Natal.
Para um Presidente da República que não tem pressa para definir o ministério pouca surpresa na escolha de sua agenda. Ontem, foi a inauguração do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, agora chamado de Lily e Edmond Safra pelo apoio de Lily Safra - proprietária da rede Ponto Frio - ao projeto. O instituto é idealização de Miguel Nicolellis, professor da Duke University, fmuspiano e palmeirense roxo. Sua Excelência, o Presidente da República poderia estar presente em Natal e cumprimentar a iniciativa de Miguel e colegas. Não, preferiu visitar o Corinthians, onde o presidente do clube sem cerimônia pediu 500 milhões para construir um estádio. Esse clube como os demais se apossaram de vários terrenos públicos e, o Corinthians nunca utilizou a propriedade de Itaquera. Além disso os clubes são caloteiros do INSS/FGTS e, estão associados a lavagem de dinheiro nas compras, vendas, recompras e revendas de jogadores. Parabéns a Miguel e colaboradores, que o exemplo de Lily Safra se espalhe e que o Presidente da República escolha melhor suas companhias.
Por falar em futebol, porque a Petrobrás gasta tanto dinheiro com o Flamengo? Não teria melhor retorno se assumisse a gestão de um hospital no Rio de Janeiro? Depois, falam mal do Chaves quando obriga a PDVSA organizar a assistência médica na Venezuela.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Depois da Avandia, a GSK se reestrutura.

A crise deflagrada pela revisão sistemática do Avandia e, a defesa pífia da Glaxo Smith Kline motivou queda do valor das ações e a necessidade de recomposição do capital da empresa.
Leia no The Financial Times como a empresa está se safando das dificuldades. Porém, tenta a todo custo manter a linha OTC (over the counter) que é bem estabelecida no Reino Unido e Estados Unidos e, relativizada no restante do mundo. Aqui, temos o Behind the Counter, isto é medicamento solicitado ao balconista, mas não disponível nas prateleiras.

domingo, 9 de setembro de 2007

Viva o 7 de setembro!! Um blogue com projeto nacional e visão mundial

Há um bom tempo que estou invocado com esse "grito dos excluídos' promovidos pela igreja católica. Por que no 7 de setembro? Por que não no Corpus Christi? Não tenho dúvidas que a igreja não comunga de projeto nacional, simplesmente quer a volta ao tempo onde ela reinava -oops, isso mesmo, saudades do império - absoluta ditando o que deveríamos fazer ou não fazer.
José de Souza Martins, sociólogo e intelectual brilhante, apontou há muito o caráter religioso daquilo que seria a "esquerda brasileira". Não aguento mais a onda revisionista ensinada no ensino médio, onde nada houve de positivo na história brasileira. Por exemplo, não ouse afirmar que a imigração italiana ou japonesa no Brasil foi um sucesso, afinal esses imigrantes de meros camponeses tornaram-se membros da elite econômica, acadêmica e artística em duas gerações. A resposta absurda será que eles - os operários italianos da Mooca e os lavradores japoneses de Mogi - oprimiram "negros e índios" ou que se aliaram à "elite branca". Sucesso é palavra proibida para aqueles que vivem do fracasso. Sim, vivem do fracasso com suas ONGs e igrejas que não pagam impostos e usufruem de vantagens em todas as esferas de governo.
Por isso considero obrigatória a leitura do blog do Alon que traz a imagem do grande brasileiro, José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, o nosso Founding Father.
Em uma edição de Valor Econômico, Antônio Delfim Netto, avaliou-o José Bonifácio como sendo o brasileiro mais importante da história e, lamentou o fato que não consegui a hegemonia política para aplicar o seu plano nacional.
Alon avalia bem a aliança naquilo que ele chama de "ultraesquerda" e a "direita cosmopolita" contrários ambos à segurança nacional. Eu também invisto contra essas duas categorias socio-politico-ideologicas que têm opinião sobre tudo e nenhuma proposta, a não ser a de manter os seus privilégios.
Na área da saúde, a questão é nítida na questão da ciência, tecnologia e inovação. A esquerda inventa mil e um obstáculos para o desenvolvimento científico criticando a base de qualquer estrutura científica: o mérito. Ser competente é um crime na visão desses senhores sempre aboletados em ONGs e assemelhados (muitas com financiamento externo). Qualquer forma de medida de produção é positivista na visão de várias associações de docentes, cuja contribuição mais importante na última década foi a de promover um curso de graduação em greves nas universidades federais. Por outro lado há interferência em pesquisas de ponta com ação e intervenção retrógrada em vários momentos, como no casos das pesquisas genéticas e no caso dos transgênicos.
A direita não admite qualquer crítica à Big Pharma, que para eles são elementos civilizadores da naquilo que eles identificam como sendo a nossa barbárie. Para eles, não cabe a pesquisa no Brasil, afinal nunca conseguiremos superar Estados Unidos e Europa. Qualquer suspiro que represente questionamento da Big Pharma é motivo para mostrar o quanto o oponente é atrasado. Para minha diversão particular e vexame da nossa direita, os ultraesquerdistas The Wall Street Journal e The Economist frequentemente assumem as críticas à Big Pharma. Melhor mesmo é quando as próprias empresas não voltam atrás em decisões que nossos direitistas consideravam como sagradas.
Aliás, não sei não o quanto a ligação não é orgânica entre esses dois entes sociais, aparentemente tão opostos? O resultado é que a Universidade não pode se aproximar da Indústria para termos um parque tecnológico minimanente nacional que nos permita o mínimo de segurança na química fina e nos imunobiológicos.