domingo, 9 de setembro de 2007

Viva o 7 de setembro!! Um blogue com projeto nacional e visão mundial

Há um bom tempo que estou invocado com esse "grito dos excluídos' promovidos pela igreja católica. Por que no 7 de setembro? Por que não no Corpus Christi? Não tenho dúvidas que a igreja não comunga de projeto nacional, simplesmente quer a volta ao tempo onde ela reinava -oops, isso mesmo, saudades do império - absoluta ditando o que deveríamos fazer ou não fazer.
José de Souza Martins, sociólogo e intelectual brilhante, apontou há muito o caráter religioso daquilo que seria a "esquerda brasileira". Não aguento mais a onda revisionista ensinada no ensino médio, onde nada houve de positivo na história brasileira. Por exemplo, não ouse afirmar que a imigração italiana ou japonesa no Brasil foi um sucesso, afinal esses imigrantes de meros camponeses tornaram-se membros da elite econômica, acadêmica e artística em duas gerações. A resposta absurda será que eles - os operários italianos da Mooca e os lavradores japoneses de Mogi - oprimiram "negros e índios" ou que se aliaram à "elite branca". Sucesso é palavra proibida para aqueles que vivem do fracasso. Sim, vivem do fracasso com suas ONGs e igrejas que não pagam impostos e usufruem de vantagens em todas as esferas de governo.
Por isso considero obrigatória a leitura do blog do Alon que traz a imagem do grande brasileiro, José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, o nosso Founding Father.
Em uma edição de Valor Econômico, Antônio Delfim Netto, avaliou-o José Bonifácio como sendo o brasileiro mais importante da história e, lamentou o fato que não consegui a hegemonia política para aplicar o seu plano nacional.
Alon avalia bem a aliança naquilo que ele chama de "ultraesquerda" e a "direita cosmopolita" contrários ambos à segurança nacional. Eu também invisto contra essas duas categorias socio-politico-ideologicas que têm opinião sobre tudo e nenhuma proposta, a não ser a de manter os seus privilégios.
Na área da saúde, a questão é nítida na questão da ciência, tecnologia e inovação. A esquerda inventa mil e um obstáculos para o desenvolvimento científico criticando a base de qualquer estrutura científica: o mérito. Ser competente é um crime na visão desses senhores sempre aboletados em ONGs e assemelhados (muitas com financiamento externo). Qualquer forma de medida de produção é positivista na visão de várias associações de docentes, cuja contribuição mais importante na última década foi a de promover um curso de graduação em greves nas universidades federais. Por outro lado há interferência em pesquisas de ponta com ação e intervenção retrógrada em vários momentos, como no casos das pesquisas genéticas e no caso dos transgênicos.
A direita não admite qualquer crítica à Big Pharma, que para eles são elementos civilizadores da naquilo que eles identificam como sendo a nossa barbárie. Para eles, não cabe a pesquisa no Brasil, afinal nunca conseguiremos superar Estados Unidos e Europa. Qualquer suspiro que represente questionamento da Big Pharma é motivo para mostrar o quanto o oponente é atrasado. Para minha diversão particular e vexame da nossa direita, os ultraesquerdistas The Wall Street Journal e The Economist frequentemente assumem as críticas à Big Pharma. Melhor mesmo é quando as próprias empresas não voltam atrás em decisões que nossos direitistas consideravam como sagradas.
Aliás, não sei não o quanto a ligação não é orgânica entre esses dois entes sociais, aparentemente tão opostos? O resultado é que a Universidade não pode se aproximar da Indústria para termos um parque tecnológico minimanente nacional que nos permita o mínimo de segurança na química fina e nos imunobiológicos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Alo Lotufo!

Este comentário não se refere a este texto, te a ver com a industria farmaceutica, mais especificamente com a suspensão do silomat, droga que está no mercado desde 1961. Não li o artigo que motivou a decisão da suspensão mas segundo informações no site da Boehringer, "Resultados preliminares de um estudo clínico recente com o uso do CLORIDRATO
DE CLOBUTINOL em voluntários adultos sadios, mostraram um prolongamento do
intervalo QTc no traçado eletrocardiográfico.
Embora a relevância clínica destes novos achados não tenha sido ainda totalmente elucidada , mas pensando prioritariamente na segurança dos pacientes, decidiu-se, em conjunto com as Autoridades Sanitárias competentes, pela retirada mundial dos produtos contendo o CLORIDRATO DE CLOBUTINOL (Silomat® e Silomat® Plus), como medida preventiva".
!!!!
Tenho certeza que logo, logo será lançado um sedativo da tosse "muito mais moderno" e muito mais caro. Ou será só propaganda ficar bem na mídia.
[] Ari