A revista Time em matéria de capa lançou os 100 mais influentes. Nenhum brasileiro. Na área da saúde somente dois: Judith Mackay e Steven Nissen.
Mackay é inglesa de Hong Kong e lidera há décadas a luta antitabágica, o Tobacco Control, dentro e fora da Organização Mundial da Saúde. Eu a conheci há 13 anos, meio por acaso, quando errei ao entrar em um sala de congresso e, assisti a uma ação para banir o cigarro nos viagens de avião. Achei interessante, mas inviável. Pouco tempo depois essa regra tinha sido aplicada no Brasil, com reclamação, mas com aceitação ampla. Depois, eu fui um dos divulgadores do seu Atlas do controle do tabagismo. A cruzada antitabágica continua principalmente na Ásia, África e, no Rio Grande do Sul!
Nissen foi um dos pioneiros em mostrar os riscos dos antiinflamatórios não hormonais tipo Cox-2. A Big Pharma e "acadêmicos brasileiros" fizeram tudo para desmoralizá-lo. Tiveram que ceder à realidade.
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sábado, 12 de maio de 2007
quarta-feira, 11 de abril de 2007
A catástrofe chinesa: tabagismo

Na foto acima, vemos o pacote do cigarro chinês exportado para a Austrália com foto e aviso de risco de câncer de boca e garganta e, a mesma marca vendida na própria China. The New England Journal apresenta na edição de 12/4/07, texto com acesso livre (http://www.nejm.org) sobre a catástrofe da epidemia tabágica na China. Nesse ano morrerão 1 milhão de chineses por doenças associadas ao fumo, 2,5 vezes do número que morrerá nos EUA (país com população mais idosa e com exposição temporal mais intensa ao fumo do que a China). Importante a ação de Michael Bloomberg e, da grande ativista anti-tabágica Judith Mackay. Vale a pena ler clicando no título acima.
sexta-feira, 6 de abril de 2007
Rio Grande do Sul: as maiores taxas de câncer de pulmão.
observação: as taxas em 100.000 por habitantes foram calculados em base do informado no site do Datasus no ano de 2004 para as faixa etária 45-74 anos para ambos os sexos.
segunda-feira, 2 de abril de 2007
O Ministério da Saúde adverte: união de tucanos e petistas faz mal à saúde.
No Estadão, o artigo "Problemas e Soluções" de Denis Rosenfield tece loas à governadora Yeda Crusius na solução dos problemas do Estado do Rio Grande do Sul. Os elogios podem ser merecidos ou não, mas o que interessa no texto foi essa informação: "No mundo inoperante do politicamente correto, o apoio à implantação de um Centro de Pesquisa da Souza Cruz no Estado (Rio Grande do Sul) foi mais uma amostra de que o processo de novas indústrias obedece a critérios de investimento, de emprego, de produtividade e de novas formas de arrecadação futura de impostos, sem uma maior oneração dos contribuintes. Numa solenidade ...o prefeito José Luiz Stédile, irmão do líder do MST, saudou a vinda dessa empresa para o seu município, irmanando-se à iniciativa da governante tucana (Yeda Crusius)..."
Tucanos e petistas se unem no Rio Grande do Sul para apoiar um empreendimento da Souza Cruz! Melhor seria que eles continuassem se xingando reciprocamente. Uma sugestão à Souza Cruz é de criar dois novos cigarros: um feminino chamado Yeda e, outro para macho, Olívio.
quinta-feira, 15 de março de 2007
Vigitel: longa vida!
Ontem, o Ministério da Saúde liberou na sua página (http://saude.gov.br) os resultados de 2006 do Vigitel, ou Vigilância de Fatores de Risco e de Proteção das Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. A imprensa divulgou amplamente, sempre enfatizando a diferença entre as capitais.
Esqueceram -os jornais - do principal. Esse belo estudo (que tive a oportunidade de ver nascer) da equipe do NUPENS da Faculdade de Saúde Pública da USP coordenado pelo Professor Carlos Augusto Monteiro com recurso do Ministério da Saúde também avaliou a distribuição desses fatores por nível de escolaridade. E, quase que invariavelmente, aqueles com menor escolaridade apresentam prevalência maior de fatores de risco e menor de fatores de proteção. No caso do tabagismo é incrível: aqueles com educação formal até 8 anos, a prevalência é de 24,2%, mas para quem estudou 12 anos ou mais, esse valor se reduz a 14,4%.
Alguns comentários sobre esse método:
(1) é muito, mas muito mais barato do que as pesquisas de porta em porta com amostragem e, a comparação com os estudos de prevalência de porta em porta são semelhantes;
(2) permite realizar estudos seriados anuais mostrando tendências de cada um dos fatores de risco e proteção;
(3) se por um lado deixa de diagnosticar os casos assintomáticos de hipertensão e diabetes, por outro consegue identificar o acesso a esse diagnóstico.
Aproveito o momento para cumprimentar o novo Ministro da Saúde e, solicitar a manutenção do Vigitel.
Marcadores:
obesidade,
tabagismo,
vigilância epidemiológica
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