sábado, 17 de outubro de 2009

Uma experiência interessante.

Interessante foi a palavra mais utilizada nesse blogue para valorizar notícias.
Mas, desde 01 de maio esse blogue não foi atualizado e, provavelmente não será nos próximos meses até que se consiga criar uma nova estrutura que garanta ao mesmo tempo amplitude e profundidade dos temas abordados.
O blogue tinha uma audiência entre 200-300 internautas por dia, pouco se comparado a outros, mas atingia exatamente o público a que se destinava: imprensa, formadores de opinião e acadêmicos.
Parei o blogue porque:
(1) falta de tempo:
porque não assumir que esse é o nosso maior problema e deixar de culpar tudo e a todos?
(2) controle de qualidade deficiente:
Erros de digitação e de concordância que me irritavam.
mas, principalmente a insatisfação em não conseguir conferir a fundo várias informações veiculadas;
(3) contradição entre a atividade acadêmica e a liberdade de expressão:
Parece uma bobagem imensa a frase acima, mas estar na Universidade, no meio científico implica controlar-se o tempo inteiro, limitar sua expressão ao mínimo para evitar revides contundentes.
Sempre tentei ser o mais transparente possível nas relações com a indústria e governo, mas como ser "independente" com tantos compromissos assumidos - de forma legal e legítima - tanto com o poder público como com empresas?
A proposta que lanço a quem se interessar é criar uma página eletrônica com conteúdo jornalístico acompanhado de blogues com diversidade de opiniões, onde o Blog do Paulo Lotufo, poderá retomar suas atividades.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O caso Vioxx e autores fantasmas: quase dez anos de história

O caso Vioxx já deu muito o que falar. Um medicamento excelente para uso por curto período, o rofecoxib, foi empurrado goela abaixo para uso crônico pelo fabricante. No Brasil, Vioxx pela Merck-Sharp Dohme. O artigo inicial publicado em novembro de 2000 chamado VIGOR mostrava a que o rofecoxib e, um medicamento tradicional, naproxeno eram tão efetivos quanto no tratamento da artrite reumatóide. Mas, os efeitos gastrointestinais eram raros no grupo que usou o rofecoxib. Inicou-se a febre Vioxx..
Menos de um ano após a publicação, uma revisão dos próprios dados do VIGOR e de outros dois menores apontava o risco maior de infarto do miocárdio.
A empresa abafou o fato de acordo com a capacidade de reação de cada comunidade acadêmica.
Para isso publicou um artigo na revista Circulation contradizendo a análise que apontava risco.
Hoje, publica-se extensa reportagem - impossível de reproduzir aqui - sobre o processo de montagem do artigo e, da escolha de um professor da Tufs University que seria um autor fantasma. O link da reportagem é http://www.theheart.org/article/965721.do#bib_3

terça-feira, 28 de abril de 2009

O governo do Irã é mais do que está na imprensa

Entidades médicas e ONG de ação contra a aids bem que poderiam enviar uma moção ao presidende do Irã na visita que fará ao país.
Treating AIDS is NOT a Crime Drs. Kamiar and Arash Alaei are well-known Iranian HIV/AIDS physicians who have made breakthroughs in harm reduction and stood up for the health and human rights of the people of Iran. Instead of being rewarded for their groundbreaking work, they’ve been thrown into prison in Iran—and they need your help. The Alaeis were tried on charges of with communicating with an enemy government in late 2008, and in January 2009 were sentenced to 3 years (Kamiar) and 6 years (Arash) in Tehran’s notorious Evin prison. Their crime: practicing good medicine and sharing public health knowledge with colleagues across the globe—including in the US. Their arrest robs the world of two great physicians and has a chilling effect on public health dialogue and diplomacy worldwide. Help free the Alaeis: Take action on May 12, the Global Day of Action fo

terça-feira, 21 de abril de 2009

The Economist: Health Care and Technology

The Economist nessa edição (18 a 24 de abril) traz um encarte com 14 páginas sobre o tema Assistência Médica e Tecnologia. Não traz muita novidade. Mas, o enfoque dessa revista, maior ou menor, acaba pautando o restante da imprensa e, mesmo os setores acadêmicos e industriais da saúde em todo o mundo.
Aproveitando o ensejo, a capa de The Economist mostra o virtual presidente eleito da África do Sul: Jacob Zuma. Quem será o seu ministro da saúde? Há possibilidade da "doutora beterraba "voltar? Ativistas da aids estão temerosos.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um excelente texto, mas com uma citação errada.

Naomar de Almeida Filho expressou ontem na Folha de S.Paulo a angústia e o sufocamento existente entre aqueles que desejam que o Estado brasileiro e, principalmente a Universidade cumpra a sua missão. Um crítica de conteúdo ao "controlismo" atual que impede qualquer inovação.
Distribui o texto a vários amigos, um deles respondeu que concordava com o texto, já tinha lido pela manhã no jornal. No entanto, ele informou que a citação a um "intelectual paulista" como crítico áspero da autonomia universitária tal como feita por Naomar foi equivocada. Fui conferir agora, o meu amigo estava certo.
O intelectual em questão é Roberto Romano.
Bem, o Brasil tem poucas inteligências, duas delas atendem pelos nomes de Naomar de Almeida Filho e Roberto Romano.
Por favor, não se deixem levar por mal entendidos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sol faz bem à saúde!

Novamente, a crimininalização do Astro-Rei. O VIGITEL não precisava entrar nessa fria...oops! Já mostrei que americanos já abandonam a fobia ao sol. Mas, ainda morremos de doença cardiovascular, cânceres de próstata e de cólon, de fraturas mas pálidos. Abaixo, reportagem da Folha de S.Paulo.
Os brasileiros passaram a se proteger menos do sol, mostra pesquisa do Ministério da Saúde, divulgada ontem. O índice de proteção contra radiação ultravioleta no país caiu de 53,3% para 43,9% de 2007 para 2008.Para medir a taxa de proteção, os pesquisadores levaram em conta a resposta dos entrevistados à seguinte pergunta: "Quando fica exposto ao sol, por mais de 30 minutos, seja andando na rua, seja no trabalho, seja no lazer, costuma usar alguma proteção?"O estudo considerou como proteção eficaz contra raios ultravioleta "o uso de filtro solar e/ou chapéu/sombrinhas e roupas adequadas".Um dos principais erros dos brasileiros está em achar que proteção solar se resume ao uso do filtro em forma de creme, diz Marcus Maia, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e coordenador da última campanha contra câncer de pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia."Camiseta de trama mais grossa e cor escura, chapéu e sombrinha é muito interessante e é uma solução para a população", diz o médico.CapitaisEntre as capitais, a que apresentou melhor resultado em relação à taxa de proteção foi Florianópolis.A cidade de São Paulo apareceu em penúltimo lugar no ranking, só perdendo para o Rio de Janeiro. De acordo com a dermatologista Flávia Addor, há uma cultura de tomar sol e de bronzeamento em cidades como Rio que é preocupante. "Os critérios têm que ser vistos com atenção. É preciso tomar menos sol e ter atitude de proteção. O ideal é passar o protetor sempre que sair de casa, ainda mais em cidades ensolaradas."O filtro solar deve ser aplicado em partes expostas ao sol, na proporção de 2 ml para cada centímetro cúbico, o que equivale a cerca de 40 ml de produto em todo o corpo para uma pessoa de 70 kg.O câncer de pele é o tipo de tumor mais incidente no Brasil e está diretamente relacionado à exposição ao sol. Para 2009, o Instituto Nacional de Câncer estima 62.090 novos casos em mulheres e 58.840 em homens.A pesquisa do Ministério da Saúde também revelou que as mulheres se protegem mais do que os homens -52,5% das entrevistadas disseram usar protetor solar e/ou chapéu/sombrinha contra 33,8% deles.Ontem, ao apresentar os resultados da pesquisa, o ministro José Gomes Temporão (Saúde) aconselhou os homens "a ouvirem as mulheres". "Eu diria aos homens o seguinte: escutem as mulheres, copiem as mulheres", afirmou. "Os homens fumam mais, bebem mais, comem alimentação com mais gordura, fazem menos atividade física", completou.A Folha publicou reportagem na última segunda-feira mostrando outros dados do mesmo estudo relativos aos hábitos e à saúde do brasileiro.A pesquisa Vigitel 2008 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) foi realizada por amostragem com cerca de 54 mil pessoas, nas capitais e no Distrito Federal, entre junho e dezembro do ano passado. As entrevistas foram feitas por telefone, sistema parecido com o adotado nos Estados Unidos.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Inédito: Sindicato de trabalhadores defende a saúde de seus associados e, não o interesse dos patrões.

Sindicato contraria setor de bares e restaurantes e apoia lei antifumo de Serra colaboração para a Folha Online Os membros da Sinthoresp (sindicato de trabalhadores no setor de bares e restaurantes de São Paulo) comemoraram nesta terça-feira a aprovação na Assembleia Legislativa de São Paulo da lei antifumo proposta pelo governador José Serra (PSDB). Em reunião na tarde de hoje com diretores, a entidade contrariou a maioria dos representantes do setor e decidiu apoiar a lei. A entidade justifica o apoio com a preocupação sobre a saúde tanto de quem fuma quanto dos fumantes passivos. Por meio de sua assessoria, o presidente do sindicato, Francisco Calasans, afirma que "é preciso respeitar trabalhos científicos da medicina que comprovam o mal que o fumo faz".

domingo, 29 de março de 2009

War and Medicine

Um livro fascinante da Wellcome Collection publicado pela BlackDog Publishing: War and Medicine. A edição é primorosa.
Traz artigos sobre várias guerras começando na Criméia indo até a Guerra até o Iraque.
Uma síntese da redução da letalidade (proporção de mortes por feridos) das tropas americanas. Variou de 79% na guerra hispano-americana 1898-99 para 11% na guerra do Iraque.

Estadão: leituras de fim de semana.

O Estadão trouxe nesse fim de semana:
1. uma excelente reportagem seguida por entrevista do diretor-presidente da ANVISA sobre o programa de desconto de medicamentos patrocinado pela indústria farmacêutica. Merece destaque;
2. entrevista com o pesquisador Antonio Carlos Camargo, do Instituto Butantan mostrando a dificuldade em transformar a descoberta científica em produto.

Não publico mais comentários anônimos. É constitucional.

Esse blogue é propriedade particular, quem não gostar, não leia, nem divulgue.
Restrijo comentários indevidos e, há um tempo não publico nada anônimo. Liberdade de expressão tal como manifestada na Carta Magna implica identificação.
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO IDOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

sexta-feira, 27 de março de 2009

De novo, a confusão entre internação e incidência de doença

Folha de S.Paulo repercute hoje, mais uma matéria equivocada sobre doença cardiovascular em mulheres. Os dados publicados pelo Hospital Laranjeiras do Rio de Janeiro confunde internações com pessoas internadas. Simplesmente, uma mesma pessoa pode ser internada mais de uma vez pelo mesmo motivo. No caso, pode ser o infarto do miocárdio, depois uma complicação, cirurgia.
Além do viés óbvio que alguns diagnósticos são anotados em preferência a outros pelo fato que a remuneração é maior. Em suma, esquecer.
JULLIANE SILVEIRADA REPORTAGEM LOCAL O número de internações de mulheres por infarto agudo do miocárdio subiu 46% (de 15.672 para 22.910) entre 1997 e 2007, segundo levantamento realizado pelo INC (Instituto Nacional de Cardiologia) nos hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde em todo o país. Os dados foram retirados do Datasus (banco de dados do Ministério da Saúde).De acordo com o trabalho, o tempo de internação é de sete dias, em média, e a taxa de mortalidade em decorrência do ataque cardíaco chega a 16,8%.Segundo dados do Ministério da Saúde, o infarto é a segunda causa de morte entre as brasileiras -a primeira é o AVC (acidente vascular cerebral). (Assinante da Folha, clique aqui)

terça-feira, 24 de março de 2009

Churrasco: nada a declarar

Ontem, nos Archives of Internal Medicine e, não no JAMA foi publicado artigo original mostrando associação entre ingestão de carne vermelha e mortalidade. A associação de um determinado alimento com risco de doença cardiovascular ou câncer necessita ser vista com muito, mas muito cuidado.
Afoitos já tentam desvendar as causas possíveis com ilações sem sentido, para quem não conhece a metodologia complexa de um questionário de frequência alimentar. O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA) está aplicando essa metodologia em 15 mil pessoas e, poderemos saber o impacto na população brasileira. Não basta considerar somente o consumo de carne, mas o tipo de carne consumida e, como é preparada. Por isso, mais cautela na leitura rápida de artigos de epidemiologia.
Abaixo, matéria da Folha de S.Paulo sobre o tema.
Reduzir carne vermelha diminui mortalidade Pesquisa publicada no "Jama" acompanhou 500 mil pessoas durante dez anosPara pesquisadores, 11% das mortes em homens e 16% em mulheres poderiam ter sido adiadas com a redução de carne vermelha JULLIANE SILVEIRACLÁUDIA COLLUCCIDA REPORTAGEM LOCAL Um estudo divulgado hoje no "Jama" (revista da Associação Médica Americana) aponta relação entre o consumo de carne vermelha e carnes processadas e maior número de mortes por câncer e problemas cardiovasculares. A pesquisa, uma das maiores já realizadas, analisou dados de 500 mil norte-americanos de 50 a 71 anos de idade.Em dez anos de acompanhamento, morreram 47.976 homens e 23.276 mulheres. Para os pesquisadores, 11% das mortes em homens e 16% das mortes em mulheres poderiam ser adiadas se houvesse redução do consumo de carne vermelha para 9 g do produto a cada 1.000 calorias ingeridas -o grupo que mais ingeriu carne vermelha (68 g a cada 1.000 calorias) foi o que apresentou maior incidência de morte.No caso das doenças cardiovasculares, a diminuição dos riscos chegaria a 21% nas mulheres se houvesse redução. "A carne processada tem mais sal e gordura saturada, o que aumenta chances de doenças cardiovasculares", diz Daniel Magnoni, nutrólogo e cardiologista do Hospital do Coração.Para o cardiologista Marcos Knobel, coordenador da unidade coronária do hospital Albert Einstein, além da gordura da carne, o problema é o preparo e os outros alimentos que são somados à refeição. "Se a pessoa come um bife à milanesa ou um bife com ovo frito, já estourou de longe a cota de colesterol."Além disso, ele alerta para os condimentos. "O sal aumenta o risco de hipertensão arterial sistêmica. Se a carne for processada, é pior porque, além do sódio, geralmente tem óleos para a conservação

segunda-feira, 23 de março de 2009

Um comentário sobre o artigo de Ferreira Gullar

1. Ferreira Gullar não acusa o SUS de nada, somente constata má fama. Correto.
2. Descreve paciente com dor há 3 horas sem atendimento. O problema não é do plano, mas do hospital.
3. Toca no ponto mais importante: os idosos. O custo da assistência médica aumenta exponencialmente depois dos 65-70 anos. Esse é um problema que vale para o SUS e os planos de saúde privados e, encontra-se na pauta de todos os países com sistemas organizados e, desorgnizados como os Estados Unidos.
4. Que parte dos planos de saúde são verdadeiras "pirâmides", poucos duvidam. Mas, há possibilidade dos planos serem de fato suplementares ao SUS. Para isso a legislação deveria permitir planos baratos com atendimento ao nível primário e secundário, sem obrigar aos atendimentos dispendiosos em nível terciário como câncer, transplantes e cirurgia cardíaca. Com isso, muitos pacientes sairiam das portas dos pronto-socorros públicos e, o SUS poderia organizar melhor a atenção especializada concentrando-a em poucos e bons hospitais com qualidade melhor e custo menor.

domingo, 22 de março de 2009

Ferreira Gullar e os Planos de Saúde

Na Folha de S.Paulo, um desabafo de Ferreira Gullar sobre os planos de saúde. A íntegra pode ser lida aqui por assinante do jornal. Transcrevo parte abaixo, a qual intenciono discutir nos próximos posts.
Os planos de saúde estão se tornando um problema grave para quem deles depende. A má fama do SUS -que obriga os pacientes a filas intermináveis e esperas frustrantes- faz com que as pessoas todas, com algum recurso, procurem os planos de saúde. Como os planos melhores são caros, surgem planos baratos que são verdadeiras arapucas: você paga a mensalidade, mas, quando procura o médico, descobre que ele já não atende porque o plano não o pagou.Só que os problemas não ficam nisso, pois mesmo os planos mais caros têm se mostrado incapazes de atender seus clientes. É que esses planos aceitam mais clientes do que têm capacidade de atender. Entre os numerosos casos de que tenho conhecimento, o mais recente é o de uma amiga que sofreu fratura no pé, foi para uma casa de saúde e lá ficou durante três horas num corredor, gemendo de dor, sem que fosse atendida. A explicação da funcionária do hospital foi que o traumatologista estava atendendo a outro paciente. Já imaginou se mais alguém torce o pé naquele dia?A situação pior é a dos idosos. Como adoecem com frequência, têm que pagar mensalidades altíssimas. Sei do caso de um senhor que, em pouco mais de um ano, teve sua mensalidade aumentada de R$ 1.200 para R$ 1.800. Queixou-se ao corretor, que lhe disse: "Eles estão aumentando exageradamente a mensalidade dos idosos para expulsá-los do plano". Tem lógica: clientes que adoecem com frequência dão pouco lucro ou, pior, dão prejuízo, e os planos de saúde estão aí para obter lucros. O objetivo principal é ganhar dinheiro, claro. O cliente ideal é o que não adoece. O nome do troço é "plano de saúde", não "plano de doença". O capital governa o capitalista e o resto

sábado, 21 de março de 2009

Índice de massa corpórea e mortalidade

O índice de massa corpórea (IMC) que é calculado dividindo o peso em kilogramas pelo quadrado da altura em metros continua a ser o melhor preditor de mortalidade dentre os indicadores de adiposidade. Abaixo, resumo de artigo publicado no The Lancet com 56 estudos em conjunto e 900 mil participantes.
Body-mass index and cause-specific mortality in 900 000 adults: collaborative analyses of 57 prospective studies Prospective Studies Collaboration Background The main associations of body-mass index (BMI) with overall and cause-specific mortality can best be assessed by long-term prospective follow-up of large numbers of people. The Prospective Studies Collaboration aimed to investigate these associations by sharing data from many studies. Methods Collaborative analyses were undertaken of baseline BMI versus mortality in 57 prospective studies with 894 576 participants, mostly in western Europe and North America (61% [n=541 452] male, mean recruitment age 46 [SD 11] years, median recruitment year 1979 [IQR 1975—85], mean BMI 25 [SD 4] kg/m2). The analyses were adjusted for age, sex, smoking status, and study. To limit reverse causality, the first 5 years of follow-up were excluded, leaving 66 552 deaths of known cause during a mean of 8 (SD 6) further years of follow-up (mean age at death 67 [SD 10] years): 30 416 vascular; 2070 diabetic, renal or hepatic; 22 592 neoplastic; 3770 respiratory; 7704 other. Findings In both sexes, mortality was lowest at about 22·5—25 kg/m2. Above this range, positive associations were recorded for several specific causes and inverse associations for none, the absolute excess risks for higher BMI and smoking were roughly additive, and each 5 kg/m2 higher BMI was on average associated with about 30% higher overall mortality (hazard ratio per 5 kg/m2 [HR] 1·29 [95% CI 1·27—1·32]): 40% for vascular mortality (HR 1·41 [1·37—1·45]); 60—120% for diabetic, renal, and hepatic mortality (HRs 2·16 [1·89—2·46], 1·59 [1·27—1·99], and 1·82 [1·59—2·09], respectively); 10% for neoplastic mortality (HR 1·10 [1·06—1·15]); and 20% for respiratory and for all other mortality (HRs 1·20 [1·07—1·34] and 1·20 [1·16—1·25], respectively). Below the range 22·5—25 kg/m2, BMI was associated inversely with overall mortality, mainly because of strong inverse associations with respiratory disease and lung cancer. These inverse associations were much stronger for smokers than for non-smokers, despite cigarette consumption per smoker varying little with BMI. Interpretation Although other anthropometric measures (eg, waist circumference, waist-to-hip ratio) could well add extra information to BMI, and BMI to them, BMI is in itself a strong predictor of overall mortality both above and below the apparent optimum of about 22·5—25 kg/m2. The progressive excess mortality above this range is due mainly to vascular disease and is probably largely causal. At 30—35 kg/m2, median survival is reduced by 2—4 years; at 40—45 kg/m2, it is reduced by 8—10 years (which is comparable with the effects of smoking). The definite excess mortality below 22·5 kg/m2 is due mainly to smoking-related diseases, and is not fully explained.